quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Os óleos essenciais, apesar de serem naturais e provenientes de plantas, são substâncias químicas, que podem causar interação medicamentosa e prejuízos aos pacientes. O alerta é feito pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), que apóia o uso da aromaterapia e das práticas integrativas como complemento aos tratamentos convencionais, desde que sejam acompanhados por um profissional da saúde.
“Os óleos essenciais têm uma excelente ação terapêutica se usados de forma correta e sob acompanhamento profissional”, explica a farmacêutica Joselma Dias, membro do Grupo Técnico (GT) de Trabalho em Práticas Integrativas e Complementares do CRF-GO. Segundo ela, a aromaterapia é uma prática milenar que proporciona inúmeros benefícios, mas que também representa riscos se não usada de forma correta. Alguns óleos podem ser cancerígenos, fototóxicos, hepatotóxicos, neurotóxicos e nefrotóxicos. E, se aplicados diretamente à pele, também podem causar sensibilização e irritação. “É o caso do óleo de limão, que se usado puro e diretamente na pele sob exposição solar, pode causar graves queimaduras”, exemplifica.
Outra grande preocupação é quanto à ingestão dos óleos, que precisa de acompanhamento e orientação de um profissional habilitado para isso, recomenda a farmacêutica. “Cada óleo tem uma propriedade e uma orientação específica quanto à diluição, combinação ou ingestão, de acordo com o efeito desejado”, alerta. O mau uso, por sua vez, pode prejudicar o paciente e até afetar a credibilidade dos próprios óleos essenciais.
A Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia (Abraroma) também levantou uma questão legal sobre a venda dos óleos, em documento publicado em julho deste ano. Segundo a entidade, os óleos essenciais (OEs) são regulamentados apenas como cosméticos e como flavorizantes da indústria alimentícia e ainda na há normas para seu uso terapêutico.
“A banalização da indicação terapêutica dos OEs é um assunto que nos deixa consternados e preocupados, porque hoje a indicação também é feita por vendedores ou consultores de vendas de óleos essenciais, pessoas que não receberam uma formação adequada nem em conteúdos nem em horas suficientes para indicar o uso terapêutico dessas substâncias, muito menos para indicar seu uso interno, que impõe cuidados adicionais e imprescindíveis no que tange à segurança do consumidor”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CRF-GO.
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