quarta-feira, 03 de julho de 2024

Goiás

Um ano após o acidente no Mutirama, a reabertura do parque passa para outubro

POR Jornal Somos | 27/07/2018
Um ano após o acidente no Mutirama, a reabertura do parque passa para outubro

Portal 6

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Ontem (26), completou 1 ano de acidente no Parque Mutirama, que deixou 13 feridos em decorrência de uma falha no brinquedo Twister.


O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer, de Goiânia (Agetul), Alexandre Magalhães, afirma que questões burocráticas emperraram os consertos dos brinquedos e que a nova previsão de reabertura do espaço é outubro.


Ele foi uma das três pessoas indiciadas pela Polícia Civil por lesão corporal após o acidente além dele, o engenheiro mecânico José Alfredo Rosendo, responsável técnico do Mutirama, e ao supervisor do parque, Wanderlei Alves Siqueira. Na época, a reportagem não conseguiu contato com as defesas deles.


“Realmente nós preocupamos com a segurança do parque. A burocracia atrasou um pouco fazer o processo licitatório. Ele foi feito, os contratos já estão prontos para assinarmos e darmos a ordem de serviço agora em julho para as empresas vencedoras darem início às obras”, declarou.


O gasto total estimado com a reforma é de R$ 2 milhões, e três empresas devem participar das obras. Entre os entraves burocráticos apontados por Magalhães estão problemas envolvendo documentos e laudos técnicos, além da falta de uma tabela de preços para serviços em parques públicos.


Para ele, não haverá dificuldades para entregar as obras em “12 ou 24 de outubro”, Dia das Crianças e aniversário de Goiânia, respectivamente. “Sem sombra de dúvida. O parque está todo desmontado, falta só remontá-lo.”


O gestor também afirma que a segurança dos usuários estará garantida. “Hoje nós temos uma equipe de três engenheiros. Um engenheiro na área civil, na área mecânica e na área eletricista. Eles atuam como fiscais e gestores da reforma.”


Em março deste ano, a gestão do Mutirama havia previsto R$ 300 mil a serem gastos com compra de peças. Segundo Frank Fraga, gestor do local, as primeiras licitações foram “desertas”, ou seja, sem empresas interessadas. Com a contratação das três empresas por cerca de R$ 2 milhões, as peças necessárias, mão de obra e todos os custos estão dentro do pacote.


De acordo com o G1, o brinquedo Twister apresentou uma falha e o eixo dele se rompeu, levando 16 pessoas ao chão. Delas, 13 se feriram uma delas, a merendeira Iraci Francisca da Conceição, de 57 anos, teve a perna direita esmagada e ficou em estado grave.


Foram realizadas quatro cirurgias. “Passei por vários procedimentos. Fui para a cadeira de roda. Da cadeira de roda, para o andador”, lembrou Iraci.
“Quando eu levantei da cama, não tinha nem equilíbrio para ficar em pé, que nem uma criancinha sem equilíbrio no corpo. Para mim foi um choque este momento”, completou a mulher, que atualmente anda de muletas.


O laudo do Instituto de Criminalística apontou que o brinquedo não poderia estar em funcionamento e que o problema se deu devido a um "processo de fadiga". Além disso, conforme o estudo, em 2011, foi constatada uma fissura de 10,8 centímetros na peça, mas nenhuma ação foi tomada no sentido de repará-la.


Atualmente, há apenas parte do brinquedo Twister no local. Ele está sendo removido do Parque Mutirama e não será mais uma das atrações.


Uma empresa contratada com dispensa de licitação recebeu R$ 298 mil e realizou a perícia de todos os brinquedos do Mutirama. Conforme a própria gestão do parque, todas as 27 atrações precisam de algum reparo.


O Tenente Leandro Dias, do corpo de bombeiros de Rio Verde, comentou ''o corpo de bombeiros realiza inspeções nos parques de diversões e exige anotação de responsabilidade técnica de profissional habilitaso atestando as condições dos briquedos'.

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