quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A transferência da distribuição de energia em Goiás da Enel para a empresa Equatorial foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em setembro deste ano ocorreu a venda entre as companhias por quase R$ 1,6 bilhão. A nova empresa deve começar a operar já em janeiro.
De acordo com o presidente da Equatorial, Augusto Miranda, a empresa tem experiência no setor.
“O desafio é grandioso e a Equatorial Energia está preparada para assumir o compromisso da melhoria da prestação de serviço para a sociedade tendo como foco um robusto programa de investimentos, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos consumidores, atendimento a demanda reprimida e busca de ganhos e eficiências”, disse.
Os diretores apontaram, durante a votação, que a Enel não cumpriu suas metas de eficácia em 2021 e que análises do órgão apontam que isso também irá acontecer em 2022. O contrato da Enel, feito quando ela comprou a distribuição de energia no estado, isso já causaria o fim da concessão.
O diretor-relator Hélvio Neves Guerra defendeu a aprovação do plano de transferência entre as empresas como “alternativa à extinção da concessão”. No entanto, foi ofertado que, por três anos, a Equatorial não tenha o contrato extinto caso não cumpra os índices de eficácia devido à necessidade de tempo de adaptação da nova empresa.
O voto foi de comum concordância com os demais desembargadores, consideram que a transferência entre as empresas seriam menos prejudicial que abrir um processo para encerrar o contrato da Enel e, a partir disso, abrir uma nova licitação, seria o caminho a ser seguido.
Venda
A Equatorial, além de comprar a Enel, se comprometeu em paga os débitos da empresa no valor de R$ 5,7 bilhões.
A Equatorial é responsável pela distribuição de energia nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. O ranking da Aneel aponta que a empresa de distribuição, no Pará, ocupa a sétima posição entre as melhores distribuidoras do país. No entanto, as unidades do Maranhão e Rio Grande do Sul ocupam as duas últimas posições.
A Enel ocupa a terceira pior empresa de distribuição de energia elétrica do país.
Privatização
Em 2017 a Enel comprou a antiga Celg (Companhia Energética de Goiás), após o pagamento de R$ 2,1 bilhões. A companhia prometeu na época reduzir as quedas de energia em 40%. Em 2020, o governador Ronaldo Caiado propôs que a Enel repassasse a distribuição de energia para outra empresa como uma solução para os constantes problemas de queda de energia.
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