quinta-feira, 08 de maio de 2025

Tragédia no Japão: morte de goiana reacende alerta entre brasileiras sobre segurança no país

POR Ana Carla Oliveira | 08/05/2025
Tragédia no Japão: morte de goiana reacende alerta entre brasileiras sobre segurança no país

Foto: Reprodução Mais Goiás

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A morte da turista Amanda Borges da Silva, de 30 anos, natural de Caldazinha (GO), provocou forte comoção entre a comunidade brasileira no Japão. O corpo da jovem foi encontrado na semana passada em um apartamento incendiado em Narita, fato que reacendeu a preocupação com a segurança dos mais de 210 mil brasileiros que vivem no país asiático.

 

Segundo a assistente social Lilian Mishima, que lidera uma ONG de apoio a mulheres brasileiras no Japão, o impacto do caso foi “muito maior que outros acompanhados” pela entidade. A comoção foi potencializada por um vídeo que viralizou dias antes, onde uma turista ucraniana encontrou um homem escondido debaixo da cama em um hotel em Tóquio. “As pessoas estão assustadas por envolver duas mulheres, em meio ao aumento de estrangeiros aqui no Japão”, explica.

 

Mishima, que vive no Japão desde 1994, afirma que há uma crescente sensação de insegurança, principalmente entre mulheres. Ela critica a escassez de informações divulgadas pela polícia e pela mídia local: “Só houve uma nota da NHK, e ainda assim regional, de Chiba”.

 

De acordo com a imprensa japonesa, Amanda morreu asfixiada pela fumaça. Um homem de 31 anos, natural do Sri Lanka e desempregado, foi preso suspeito de provocar o incêndio.

 

Em entrevista à TV Anhanguera, Valdenia, mãe de Amanda, contou que a filha sempre elogiava a segurança no Japão. Na véspera do crime, Amanda chegou a relatar uma situação que reforçava essa visão: esqueceu a mochila com dinheiro e passaporte no metrô, e conseguiu recuperá-la intacta com a ajuda dos funcionários do transporte.

 

A segurança também foi um dos motivos que levou a ucraniana Natali Khomenko a escolher o Japão como destino turístico. Apesar disso, os recentes episódios levantam questionamentos. “Que é seguro a gente já sabe, mas precisamos entender o que está mudando”, alerta Mishima.

 

A apreensão aumentou ainda mais após o ataque com faca contra uma mulher no metrô de Tóquio, na última terça-feira (6). O crime, registrado por passageiros, ganhou grande repercussão nas redes sociais.

 

Durante a recente visita oficial do presidente Lula ao Japão, Mishima e outras mulheres brasileiras se reuniram com a primeira-dama Janja para discutir temas como violência doméstica e vulnerabilidade de brasileiras no país. Com as dificuldades enfrentadas pela família de Amanda para repatriar o corpo, a assistente social revelou ter pedido apoio à equipe de Janja: “Mandei uma mensagem pedindo se tem como dar uma força”.

 

*Com informações Mais Goiás

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