sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Crédito: Ton Molina/STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de articular uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O julgamento marca um fato inédito na história do Brasil, sendo a primeira vez que um ex-presidente deve ser punido por esse tipo de crime.
O placar chegou a 3 votos a 1, após a ministra Cármen Lúcia acompanhar o relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino, reconhecendo Bolsonaro como líder da trama. O ministro Luiz Fux divergiu e votou pela absolvição do ex-presidente. O voto decisivo será do presidente da Turma, Cristiano Zanin.
A maioria dos ministros entendeu que Bolsonaro e seus aliados devem ser condenados por:
No caso do deputado Alexandre Ramagem, há tendência de absolvição em dois crimes relacionados a danos ao patrimônio.
Além de Jair Bolsonaro, também respondem:
Se a condenação for confirmada, os ministros iniciarão a fase de dosimetria da pena, que define o tempo de prisão individual. Para Bolsonaro, a pena máxima pode chegar a 43 anos, devido ao agravante de liderança da organização criminosa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo organizado por Bolsonaro atuou entre 2021 e 2023 em uma ofensiva contra as instituições, com reuniões, discursos, documentos e até uma minuta de golpe, tudo com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para os ministros que já votaram pela condenação, as provas demonstram uma tentativa concreta de ruptura democrática.
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Semifinalistas serão definidos nesta quarta (10) e quinta (11)