quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Polícia Civil investiga servidores da antiga Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), devido suspeitas de que eles possam fazer parte de uma associação criminosa supostamente associada com empresas privadas, para estruturação e desvio de recursos das obras do Aeródromo de Mambaí, nos anos de 2014 a 2018.
A investigação mostra que se trata de um grupo bem organizado, com uma “nítida divisão de tarefas” que resultou na apropriação de mais de R$ 2 milhões de reais, R$ 2.214.745,53 para ser mais preciso, valor este que teria sido pago a uma das empresas investigadas, que pegou o dinheiro, mas não executou a obra.
A polícia também descobriu que as obras do Aeródromo de Mambaí iniciaram em um local diferente do previsto em contrato administrativo, inclusive sem escritura pública, e em território do Estado da Bahia. A investigação também aponta que os serviços eram medidos e pagos sem a execução por parte da empresa, através de adiantamentos, ou superfaturamentos.
Ex-diretor
Um dos alvos de busca e apreensão que estão sendo feitas em cinco cidades goianas, é o ex-diretor da Agetop, Marcos Musse, investigado pelos crimes de peculato, infrações penais da Lei de Licitações, participação em organização criminosa e possível lavagem de dinheiro.
A defesa dele emitiu uma nota afirmando que a operação é "mais uma medida contra agentes do Governo passado sem qualquer lastro com a realidade", se apegando em pontos de que o ex-diretor sempre agiu retidão a sua função e que ele estaria sendo alvo mesmo sem ter algum pagamento efetivado à empresa.
Confira a nota completa:
"A Operação Mambaí, por meio da qual foram deflagradas medidas de busca e apreensão em diversas cidades hoje, inclusive na residência do ex-Diretor de Obras da AGETOP, é mais uma medida promovida contra agentes do Governo passado sem qualquer lastro com a realidade.
O ex-Diretor de Obras da AGETOP, José Marcos de Freitas Musse, sempre agiu com a maior transparência e retidão perante a função que exercia, buscando a todo o tempo a prestação e efetividade do serviço público com qualidade, a fim de atender aos anseios da sociedade Goiana.
Apesar da ausência de contemporaneidade com os fatos ocorridos há mais de 06 (seis) anos, não possuindo, assim, os requisitos da medida cautelar de busca e apreensão (urgência), especialmente por ter deixado a AGETOP há 05 (cinco) anos, Marcos Musse foi alvo de busca e apreensão sem ter efetivado nenhum pagamento à empresa, inclusive determinando a suspensão da obra.
Causa estranheza a realização de uma medida de tamanha gravidade em desfavor de um cidadão que sempre esteve à disposição da Justiça, inclusive prestando depoimento ontem no Ministério Público do Estado de Goiás, onde deixou explicado com riqueza de detalhes o caso do Aeroporto de Mambaí e demonstrando a ausência de qualquer irregularidade em sua gestão.
Luís Alexandre Rassi e Romero Ferraz Filho
Advogados do ex-Diretor de Obras da AGETOP"
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