terça-feira, 01 de outubro de 2024

Goiás

Saiba mais sobre a explosão que pode ter gerado mau cheiro em Goiânia e Aparecida

POR Thaynara Morais | 11/11/2022
Saiba mais sobre a explosão que pode ter gerado mau cheiro em Goiânia e Aparecida

Reprodução/CBMGO

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Em Goiânia e Aparecida de Goiânia um mau cheiro, similar ao de gás de cozinha, foi relatado por vários moradores. Bombeiros foram chamados na quinta-feira (10), para investigar a origem do odor e encontraram a caldeira estourada na usina.

 

 

O óleo que vazou da caldeira contaminou o solo e o córrego Santo Antônio, localizado em Aparecida, é um lubrificante sintético chamado de especificação T-30. De acordo com o secretário do Meio Ambiente da região metropolitana, Cláudio Everson, o produto é tóxico e pode causar mortes de animais que bebem a água do leito do rio, especialmente peixes.

 

 

O lubrificante é parecido com óleo diesel, e é usado em alta temperatura para funcionar as caldeiras que esquentam massa asfáltica, em usinas.

 

 

"Ele é tóxico e temos preocupação porque houve contaminação do solo e do córrego Santo Antônio, que vai para o rio Meia Ponte. Naquela região tem vários ribeirinhos e animais que dependem daquela água", ressaltou o secretário ao G1.

 

 

As especificações técnicas apontam que o óleo apresenta toxicidade aguda quando em contato com a água. O Corpo de Bombeiros informou que a água contaminada provocar diversos sintomas de mau-estar nas pessoas.

 

 

Os Bombeiros encontraram no local, britas e terra no rastro por onde o óleo passou até chegar ao córrego. Foi uma tentativa dos funcionários da usina de conter o avanço, mas não deu certo.

 

 

De acordo com o delegado estadual de proteção ao Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, foi instaurado inquérito para apurar o caso. Para ele tudo indica se tratar de um crime de poluição, que está entre as infrações ambientais mais graves, com pena de até quatro anos de reclusão.

 

 

 

Danos ambientais

 

Diversos danos ambientais podem ser provocados pela contaminação do solo e da água. Daqui para frente, peixes e animais mortos no leito do córrego, por causa do consumo da água.

 

 

"Ele vai impregnar no solo e contaminar o lençol freático. O córrego Santo Antônio fica a 1km do local e o óleo chegou ao córrego, então a quantidade foi grande", pontuou o secretário do Meio Ambiente, Cláudio Everson.

 

 

O próximo passo é fazer barreiras de contenção para frear o vazamento.

 

 

"Isso de dentro para fora e depois fazer a limpeza do rio. Depois que limpar, vamos pedir teste de qualidade da água para liberar o consumo para a região local", disse Everson.

 

 

A Polícia Civil, A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Defesa Civil vão trabalhar em conjunto para elaborar um relatório técnico sobre a gravidade da contaminação.

 

 

Interdição da usina

 

A Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia interditou a usina de asfalto por não ter nenhuma licença ambiental para funcionar.

 

 

O secretário orientou que moradores da região não bebam água até sair o resultados das perícias.

 

 

"O infrator tem que tomar as medidas mitigatórias. Se ele causou o dano, ele tem que conter. pelo menos a proliferação no leito do rio. É um manancial de grande importância não só para Aparecida, ele deságua no Meia Ponte, que é fornecedor de água para Goiânia", ressaltou o secretário.

 

 

 

Entenda o que aconteceu

 

O capitão do Corpo de Bombeiros, Paulineli Damasceno, informou ao G1 que a empresa produz massa asfáltica e usa um espaço da área de pedreira em Aparecida. Durante o processo de produção, existem caldeiras que aquecem a massa.

 

 

As caldeiras são aquecidas por motores, que utilizam óleo para funcionar. Damasceno ainda explicou que o motor que aquece dois reservatórios de 15 mil litros de massa parou de funcionar.

 

 

O óleo se acumulou e, em certo momento, causou uma explosão do motor. O óleo então vazou na terra, que escorreu para o manancial.

 

 

O Corpo de Bombeiros informou que a contenção do vazamento com a própria massa asfáltica já foi feita.

 

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