quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O padre Anselmo Silva e o ex-padre Egmar Gonçalves da Silva foram condenados pela Justiça Federal pelo desvio de R$ 79,8 mil que seriam destinados a um projeto de conscientização de jovens sobre DSTs, em Goiandira. Os dois são membros da Igreja Católica e o crime aconteceu em 2005. As denúncias foram assinadas em 2012, mas os sacerdotes só foram condenados agora.
Anselmo e Egmar foram condenados a mais de oito anos de prisão e terão que pagar o valor desviado com a devida correção ao longo desse tempo. A sentença afirma que os dois se apropriaram da verba que se destinava a projeto de interesse público. O advogado do padre discorda da decisão da Justiça e afirma que seu cliente é inocente e o único culpado seria Egmar. O ex-padre também foi condenado por falsificação de documento, pois apresentou uma nota fiscal falsa para justificar os gastos do valor para o projeto.
Como o projeto foi idealizado pelo Programa de DST/Aids do Ministério da Saúde, que repassou para a sua implementação um total de R$ 164 mil, os sacerdotes são considerados funcionários públicos para fins criminais, de acordo com o juiz federal Alderico Rocha Santos. O Ministério da Saúde e os advogados responsáveis por Egmar ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Na época da denúncia os sacerdotes justificaram que o valor em seu poder era proveniente da venda de uma imagem sacra que havia sido doada a eles. Essa informação nunca foi confirmada. O projeto, chamado Jovens Conscientes nunca foi realizado, pois após a liberação das verbas e seu desvio em 2005 nenhuma medida foi concretizada.
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