quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O sábado de 6 de novembro de 2021 ficará marcado como o dia de adeus à Marília Mendonça, morta em um acidente aéreo na tarde desta sexta-feira (5). Na expectativa de conseguirem se despedir, milhares de fãs de mobilizaram ao Ginásio Goiânia Arena – onde foi realizado o velório –, antes mesmo da abertura dos portões para a cerimônia. Apesar de não poderem participar do sepultamento, uma vez que o enterro foi restrito apenas aos familiares e pessoas próximas à cantora, os admiradores da artista seguiram o cortejo em direção ao Cemitério Memorial Parque.
Uma multidão já esperava o início do velório desde a madrugada. Previsto para às 13h, os portões foram abertos ao público com um pequeno atraso. Inicialmente, a liberação dos fãs foi feita por grupos de pessoas, na tentativa de conter aglomerações e desorganização. Entretanto, essa estratégia não durou muito e, logo em seguida, as forças de segurança liberaram totalmente a passagem das pessoas.
Após a liberação dos portões que davam acesso ao entorno do ginásio, uma nova fila foi formada para entrar no velório. A espera, debaixo de um sol quente, fez com que muitos fãs passassem mal. Ainda assim, o clima era de homenagem à Marília, com as pessoas entoando os sucessos da cantora e batendo palmas para ela.
O período de espera para entrar no ginásio em si foi de aproximadamente 1 hora. Dentro do local, uma estrutura que formava um corredor esperava os fãs. Em fila indiana, eles entravam e andavam pelo trajeto, de cerca de 2 minutos, que incluía passar em frente ao corpo de Marília Mendonça. A pedidos da família e em respeito à memória da cantora, o registro nas proximidades do caixão não foi permitido. Seguranças acompanharam as pessoas durante todo o percurso, para garantir que não utilizassem seus celulares e dar andamento à fila, já que era proibido parar no meio da rota.
O publicitário Lucas Xavier, 21 anos, esteve no velório e compartilhou sua experiência:
“Vivenciar esse momento ao lado de fãs da Marília Mendonça foi uma experiência única, haviam desde bebês e crianças até senhoras, todos juntos, embaixo de um sol escaldante não visto há dias na capital e mesmo assim resistentes ali, pois faziam questão de se despedir. De tempos em tempos todos juntos em uma só voz entoavam sucessos da cantora, perdi as contas de quantas vezes fui embalado ao som de "Infiel" nessa fila que não parecia ter fim. Ao chegar dentro do local do velório, toda a emoção e cantoria da fila se calava de maneira avassaladora, todos nós passamos em frente aos caixões onde se encontrava Marília e seu tio, de maneira muito rápida e silenciosa, eram horas de fila para segundos de adeus, e sei que estes segundos marcaram para sempre muitos fãs. O último adeus de Marília foi marcado para mim por uma multidão quilométrica, encalorada e unida, algumas lágrimas, mas sobretudo muitos, muitos aplausos!”
Além da família e amigos da rainha do sertanejo, diversos artistas estiveram presentes no velório para se despedirem da cantora, como as duplas Maiara e Maraísa e Henrique e Juliano, e os cantores Luísa Sonza, Nayara Azevedo e Murillo Huff, ex-companheiro de Marília e pai de Léo, filho da cantora. Os músicos da artista, que haviam se dirigido ao local do show que deveria ter ocorrido na sexta-feira (5), conseguiram chegar à cerimônia quase em seu final. Muito emocionados, eles, que já trabalharam com o cantor Cristiano Araújo antes de sua morte também acidental, vivenciaram um retorno de sentimentos.
Depois de músicas cantadas pelos artistas presentes como forma de homenagem à Marília, muitas orações e palavras proferidas por um padre, o velório se encerrou aproximadamente às 16h45, dando início aos procedimentos para o cortejo. Os corpos da artista e de seu tio e assessor Abicieli Dias foram acoplados, cada um, na parte superior de viaturas do Corpo de Bombeiros. As duplas Maiara e Maraísa e Henrique e Juliano foram no cortejo junto ao caixão de Marília, em cima do caminhão dos Bombeiros.
Uma multidão de admiradores da cantora acompanhou a comitiva com os corpos das vítimas do acidente, que era seguido por diversas viaturas policiais e ônibus de vários cantores sertanejos, pelas ruas de Goiânia e até mesmo de suas residências, em suas sacadas. O cortejo chegou ao cemitério por volta das 18h40. Pouco depois, aproximadamente às 19h, o sepultamento foi realizado.
*Esta matéria foi produzida em parceria com o repórter Lucas Xavier
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