A advogada presa em flagrante nesta terça-feira (15) após ser acusada de furtar uma bolsa com joias e dinheiro, na recepção de um hotel de luxo em Goiânia, foi solta horas depois pela Justiça, que considerou um mal-entendido.

Entenda o caso:

Segundo a Polícia Militar, o caso foi registrado por câmeras de segurança do hotel. As imagens mostram um homem deixando uma bolsa sobre o sofá da recepção antes de se afastar. Pouco depois, a advogada Taynara Divina Arruda Soares Trindade se levanta, pega a bolsa e volta a se sentar, levando-a em seguida para seu quarto. Ela alegou ter confundido o item com uma bolsa de seu acompanhante.

Ao perceber o desaparecimento, o dono da bolsa avisou a gerência do hotel e a Polícia Militar foi acionada. Taynara foi presa no próprio quarto, onde a bolsa foi localizada.

Durante o depoimento, tanto na delegacia quanto no plantão judicial, a advogada afirmou que tudo não passou de um engano. O juiz Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro acatou a versão e decidiu pelo relaxamento do flagrante. “Houve evidente erro de tipo. Porque não furtou coisa nenhuma, vez que acreditou que pegava sua própria bolsa”, disse o magistrado.

A defesa da advogada, representada pelo advogado Gilles Gomes, comemorou a decisão e criticou a condução do caso. Segundo ele, o delegado responsável teria apresentado à Justiça apenas trechos editados das imagens de segurança. Por conta disso, o juiz determinou que a corregedoria da Polícia Civil investigue a conduta do delegado, diante de indícios de possível infração funcional.

Confira a nota oficial da defesa de Taynara Trindade:

“O Poder Judiciário de Goiás reconheceu que Taynara falava a verdade quando relatou que era acusada de um crime que não cometeu. A prisão de Taynara se deu porque o Delegado responsável omitiu das autoridades a íntegra do vídeo do circuito de segurança do hotel, disponibilizando apenas “partes editadas” do vídeo.

Por tal razão, a prisão dela foi declarada ilegal, e Taynara foi imediatamente colocada em liberdade.

Por outro lado, o Juiz do caso determinou que a corregedoria da polícia civil apure a conduta do delegado, dada a existência de indícios de que ele cometeu infração funcional.”

Com informações de Mais Goiás.