Dados divulgados pela Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) revelam que, desde o início da pandemia de Covid-19, em 20 de março, quando foi decretado estado de calamidade pública, 3.806 empresas goianas fecharam definitivamente. Desde então, o mês de maio foi o que mais sofreu os efeitos gerados pela crise econômica devido ao novo coronavírus, sendo encerradas 1.066 empreendimentos somente neste período.

No Brasil, conforme publicado na última quinta-feira (16) pela Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 716 mil empresas encerraram suas atividades.

A crise atingiu todos os setores econômicos, mas principalmente o comércio, que corresponde 39,4% dos empreendimentos encerrados em território nacional. Após, o setor de serviços representa 37% dos fechamentos, sendo que as pequenas empresas foram as mais prejudicadas, significando 99,8% dos negócios finalizados. Segundo o IBGE, quatro em cada dez confirmam que a pandemia foi a motivação para o fechamento, seja temporário ou definitivo.

O impacto é sentido mesmo por aqueles que mantiveram suas empresas abertas. Conforme demonstrado pelo IBGE, 70% afirma ter sido afetada de forma negativa. No setor de serviços, este quantitativo aumenta para 74,4% que se sentiram impactados, enquanto na indústria são 72,9% e na construção 72,6%.

Outro dado relevante anunciado foi que entre as empresas que continuaram em funcionamento, 34,6% diminuíram o quadro de funcionários, sendo que deste índice, 29,7% reduziu mais de 50% de seus empregados. Ainda entre os negócios que permanecem em atividade, 67,7% relataram que conseguiram a linha de crédito emergencial para realizar o pagamento da folha salarial, enquanto 51,9% precisaram adiar a quitação de impostos para se manterem no mercado e 32,4% adotaram ao menos uma medida de auxílio do governo.