É indiscutível que a informação sempre foi necessária, mas atualmente, ela se tornou essencial. Grande parcela da população possui acesso às notícias de forma rápida e fácil, porém existem aqueles que enfrentam dificuldades para acompanharem o ritmo, principalmente pelo fato de existirem poucas opções de conteúdos acessíveis – é o caso da comunidade surda. Pensando nisso, um casal de professores de Jataí desenvolveu um projeto onde gravam vídeos, em libras, transmitindo todas as atualidades sobre o coronavírus.

O professor da Universidade Federal de Jataí (UFJ), Thábio de Almeida e a esposa Kamilla Fonseca Lemes, professora do Instituto Federal de Goiás (IFG), traduzem, em vídeos, as principais notícias relacionadas à pandemia e publicam em um canal no YouTube e em grupo no WhatsApp, possibilitando o acesso a informações atualizadas.

“Nós pensamos em um projeto pra levar essas informações de forma clara aos surdos da comunidade de Jataí. Nós temos um grupo de WhatsApp com 59 integrantes, no qual a gente joga esses vídeos e leva a discussão acerca desse assunto”, contou Thábio.

Já são mais de 30 vídeos produzidos que auxilia não apenas os alunos do casal, por meio do grupo restrito no app de mensagens, mas também outros vários deficientes auditivos que podem vir a acessar o material através da plataforma do Google.

As estudantes Jéssica Borges e Jeane Aparecida consideram a iniciativa dos professores como fundamental para que consigam entender plenamente todos os acontecimentos. “Nós surdos não temos o domínio da língua portuguesa para ter a leitura necessária”, afirma Jéssica. “Por esse motivo, este projeto é importante ao fazer a tradução das informações em libras, auxiliando a comunidade surda a entender de uma forma clara o coronavírus”, complementa Jeane.

Para os beneficiados, a medida repassa informação recente, completa e de fácil compreensão. “O projeto faz com que o surdo não tenha informações atrasadas, acompanha na medida em que as notícias vão sendo divulgadas. Assim, nós conseguimos ter uma informação completa”, afirma a estudante Jeane.

Fonte: G1 Goiás