quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A cidade de Aparecida de Goiânia registrou o primeiro caso do Brasil da cepa da Dengue que é considerada a mais disseminada no mundo, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da Dengue, que é presente na Ásia, no Pacífico, no Oriente Médio e na África. A detecção já foi comunicada ao Ministério da Saúde e às secretarias municipal e estadual de Saúde.
A identificação foi feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO), no mês de fevereiro, e foi divulgada nesta quinta-feira (5). A análise ocorreu a partir de uma amostra de um caso de Dengue do final de novembro.
Apesar de ser a cepa mais disseminada no mundo, ela nunca havia sido localizada no Brasil. A identificação desse genótipo em Aparecida de Goiânia é o segundo registro oficial dele nas Américas, já que o primeiro ocorreu em Madre de Dios, no Peru, no ano de 2019, após um surto da doença na região.
Casos em Goiás
O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelou que, a cada 100 mil moradores do estado de Goiás, 1,3 mil têm ou tiveram Dengue nesse ano, incidência, esta, que é cinco vezes maior que a da média nacional, que é de 254 infecções a cada 100 mil habitantes.
O território goiano lidera o ranking de ocorrências da doença, tendo registrado entre janeiro e abril de 2022, segundo os dados da pasta nacional da Saúde, a quantia de 98,4 mil casos de Dengue, com 19 óbitos em decorrência do vírus. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Verde, a média é de 500 atendimentos diários, sendo que a cada dez pacientes, oito estão com Dengue.
Diante da situação, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou, por meio de nota, que está trabalhando com os municípios, enviando produtos e orientações, de forma a combater o avanço da doença.
Leia abaixo, na íntegra, a nota da SES-GO:
A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa o que segue:
-O Governo de Goiás realizou uma série de ações no combate ao Aedes como a distribuição de 720 unidades de bombas costais motorizadas para os 246 municípios do Estado, com manutenção de outras 211 já existentes; 20 veículos para liberação de inseticidas em vias urbanas (fumacê) contemplando as regionais de saúde do Estado e para Goiânia, e de inseticidas para as 18 Regionais de Saúde.
-A SES-GO intensificou a a mobilização e intensificação das orientações com os gestores municipais de saúde, limpeza urbana, infraestrutura, meio ambiente, educação, comunicação, entre outros, para definição de estratégias de enfrentamento intersetorial, por meio de manejo ambiental, vigilância epidemiológica e atenção à saúde.
-Para alinhamento das ações, foram promovidos encontros com secretários e entidades municipais, capacitações com profissionais de saúde e frentes de limpeza e combate ao vetor em vários municípios. A Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da SES-GO fiscalizou os municípios com maior incidência de casos e nos quais foram identificados altos índices de infestação predial durante o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro/2022. O objetivo, com essas medidas, é o de ajudar os municípios a frear o avanço da dengue.
-A SES-GO envia medicamentos básicos aos municípios para o tratamento dos pacientes e mantém contato com os de maior incidência de dengue para colaborar com a a reorganização de leitos nas unidades municipais de Saúde. O Hospital de Estadual de Doenças Tropicas Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) dispõe de leitos para assistência aos casos mais graves, sendo unidade de referência da rede assistencial.
-O número de casos de dengue é acompanhado rotineiramente pela SES e publicado em boletins epidemiológicos disponíveis no site da pasta: https://www.saude.go.gov.br/boletins-informes.
-O governo estadual realiza informes constantes e campanha publicitária para que a sociedade também possa ser informada a motivada a colaborar com a eliminação de criadouros do mosquito transmissor, deixando as suas residências livres de ambientes propícios à reprodução de Aedes aegypti, como pneus, vasilhames abertos, caixas d´ água descobertas, acúmulo de água parada e entulhos.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
(Com informações do g1 Goiás)
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