quarta-feira, 17 de abril de 2024

Goiás

Prefeitura de Goiânia permite retorno de treinos dos times goianos de futebol

POR Ana Carolina Morais | 28/05/2020
Prefeitura de Goiânia permite retorno de treinos dos times goianos de futebol

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Após vários debates quanto ao retorno dos treinos dos times goianos de futebol, nesta quarta-feira (27) o prefeito da capital goiana, Íris Rezende (MDB), autorizou a retomada deste setor e também dos mercados municipais e imobiliárias. Uma nota técnica será publicada hoje, quinta-feira (28), liberando o treinamento a partir de 1º junho. A decisão veio em meio à volta das atividades do Atlético Clube Goianiense sem a devida permissão das autoridades e as reuniões posteriores com o Centro de Operações de Emergências (COE) e com o Comitê de Crise da prefeitura de Goiânia.

 

 

Para os treinos serem realizados, os vestiários serão fechados e todos os jogadores farão testes. “O prefeito e a secretária me chamaram agora há pouco, por volta das 16h. Vão assinar o decreto amanhã com as regras. Vestiário fechado, testes para todos. Não especificaram ainda os testes, mas vão colocar no decreto”, afirmou o vereador Romário Policarpo (Patriota).

 

 

Na terça-feira (26), uma reunião inicial havia ocorrido com o Governo de Goiás, mas devido às discussões acirradas e falta de consenso, a mesma foi repassada para o COE, na quarta. Depois, ainda ontem (27), a reunião à nível municipal, com o Comitê de Crise, havia postergado também a pauta para outro debate hoje (28) – que inclusive, continua mantido. Mas mesmo com debates marcados para a tarde de ontem à nível estadual e com o novo para hoje na esfera do município, Íris Rezende adiantou a decisão.

 

 

Entenda o caso

 

Reunião com o governo de Goiás, terça-feira (26)

 

Na terça-feira (26), uma videoconferência foi realizada entre governo de Goiás, Ministério Público de Goiás (MP-GO), Federação Goiana de Futebol (FGF), autoridades de saúde e demais agentes envolvidos como árbitros, agremiações e jogadores, quanto ao retorno dos treinos em território goiano, mas acabou resultando em discussões acirradas e na postergação da decisão.

 

 

A falta de consenso entre os presidentes do Goiás e do Atlético-GO fez com que o governador Ronaldo Caiado (DEM) não emitisse um veredito. Dessa forma, a decisão foi repassada ao Centro de Operações de Emergências (COE), para quarta (27), uma vez que a equipe multiprofissional ativada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) monitora as ações de vigilância epidemiológica, assistência e comunicação no Estado neste período de pandemia de Covid-19.

 

 

Entre os defensores da volta imediata dos treinos estão o Vila Nova e o Atlético-GO. O clube do Goiás, a FGF e o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (Sinapego) realizaram ponderações quanto à temática, informando que só pretendem retomar ao funcionamento com autorização formal das autoridades. Por outro lado, o Goiânia afirmou não possuir a intenção de treinar até que ocorra uma previsão da volta dos calendários de jogos.

 

 

Na reunião, o secretário de saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, criticou a postura do Atlético-GO por já iniciarem as atividades sem a devida liberação do governo para o retorno das operações.

 

 

 

 

Reunião com o Comitê de Crise da prefeitura de Goiânia, quarta-feira (27)

 

Nesta nova reunião onde participaram nove secretarias municipais, o prefeito de Goiânia, Íris Rezende (MDB), integrantes do Comitê de Crise e vereadores, os clubes goianos de futebol permaneceram sem autorização para realização de treinos, marcando um novo debate para hoje (28). Na ocasião, a SES-GO recomendou que a temática seja discutida sem envolver os demais segmentos econômicos de Goiânia.

 

 

No encontro, o vereador e diretor de comunicação do Vila Nova, Romário Policarpo (Patriota) utilizou como argumento para o retorno das atividades futebolísticas a autorização judicial deferida para o funcionamento das academias de ginástica em todo o estado de Goiás. Já a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrue, ratificou a máxima de que a discussão deve ser realizada sem considerar outros segmentos financeiros.

 

 

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