quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um dos alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (16) mora em Goiás e é policial civil. Omar Rocha Fagundes é um dos suspeitos de promover ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a os ministros pelas redes sociais.
O inquérito que investiga esses ataques é conduzido pelo ministro Alexandre de Morais. Ele apura a publicação de fake news, ameaças e ofensas contra o tribunal. Além de Omar, outras seis pessoas são investigadas. Entre elas, o general da reserva Paulo Chagas, que foi candidato ao governo do Distrito Federal em 2018.
Uma das postagens de Omar que são apuradas pela justiça afirma que o STF seria “bolivariano” e que os ministros estariam alinhados com “narcotraficantes e corruptos”. Em outra, ele compartilha uma postagem com a seguinte afirmação “O Peru fechou a corte suprema do país. Nós também podemos! Pressão total contra o STF”.
Além dessas manifestações, é possível verificar uma série de postagens contra o STF e seus ministros. Em uma delas, ele convoca a população a participar de uma manifestação contra a corte e em defesa da Operação Lava-Jato.
A Polícia Civil afirmou que “aguarda informações oficiais acerca da investigação do Supremo Tribunal Federal, a fim de apurar eventual desvio de conduta do servidor em tela”.
O inquérito no qual são realizadas as buscas e apreensões desta manhã foi instaurado em março pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, via ofício – sem provocação de outro órgão. O Ministério Público não participa da investigação. O ministro Moraes foi escolhido por Toffoli para presidir o inquérito sem sorteio e isso motivou críticas de outros membros do tribunal.
Nesse mesmo procedimento, Moraes determinou a retirada do ar de reportagem e notas publicadas na semana passada pelos sites da revista Crusoé e O Antagonista. Os textos noticiavam a existência de um e-mail do empresário e delator Marcelo Odebrecht em que, conforme um esclarecimento dele, havia uma menção a Toffoli.
Moraes considerou que a reportagem de Crusoé era inverídica porque relatava que o esclarecimento prestado pelo delator havia sido remetido à Procuradoria-Geral da República. Após a publicação da matéria, a PGR divulgou nota dizendo que não havia recebido o esclarecimento. No entanto, ele chegou a fazer parte de um inquérito da Lava Jato em Curitiba.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.