quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Policiais civis apreenderam na segunda feira (15), três alunos do Instituto Federal de Goiás (IFG), que compartilharam ameaças de um atentado na escola. Segundo o delegado Danilo Victor Nunes, responsável pela Delegacia da Criança e do Adolescente de Águas Lindas de Goiás (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília, ao que parece tudo não passou de uma “brincadeira de péssimo gosto”, que acabou alarmando funcionários do campus do IFG na cidade.
Equipes de policiais foram deslocadas para o instituto nas primeiras horas da manhã de ontem. Após identificarem os três adolescentes suspeitos de divulgar as ameaças, os agentes revistaram o estabelecimento e os pertences dos três estudantes. Nada foi encontrado.
“Coletamos prints [imagens] das mensagens veiculadas por estes jovens ameaçando outros estudantes. Diligenciamos o estabelecimento com cautela, incluindo alojamentos, e não encontramos nenhum material suspeito”, informou o delegado, explicando que os pais dos jovens foram chamados para acompanhar os filhos à Delegacia da Criança e do Adolescente, onde, até as 14h, os três estavam sendo ouvidos.
“Eles já disseram que se tratava de uma brincadeira, e os pais estão colaborando. Ainda estamos verificando tudo. Não há indícios de que se tratasse de algo sério, mas, por cautela, os domicílios desses adolescentes possivelmente serão alvo de buscas”, disse o delegado, lembrando que, mesmo que fique comprovado que tudo não passou de uma brincadeira infantil de mau gosto, uma história para tentar chamar a atenção, fatos como esse são “muito sérios” e têm consequências.
Durante a ação policial, uma professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) foi detida por desobedecer a ordem dos policiais. Segundo o delegado Danilo Victor Nunes, a professora insistiu em filmar os agentes e os jovens, mesmo tendo sido advertida de que o diretor do campus e os pais dos três adolescentes já estavam cientes do caso.
“Os agentes relataram tê-la advertido várias vezes de que ela não poderia filmar a diligência, principalmente por haver adolescentes envolvidos. Ela insistiu e continuou capturando as imagens até que os agentes lhe deram voz de prisão”, disse Nunes.
A docente foi liberada pouco depois das 13h, após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência – boletim usado para tipificar infrações de menor potencial ofensivo ou crimes de menor relevância.
Nota
Em nota, a reitoria do IFG confirmou que a “investigação” sobre a “suposta articulação de pessoas para a realização de grave atentado contra o campus” está “em andamento”. “A reitoria está apurando os fatos relacionados à condução de integrantes da comunidade acadêmica à delegacia e tomará as providências cabíveis no âmbito da administração pública”, esclareceu o instituto.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.