quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Esta semana, a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), concluiu a investigação de uma série de crimes cometidos no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO). As investigações tiveram início em 2019, quando a organização se deu conta do cancelamento irregular de multas no sistema de tecnologias do órgão estadual. E no mês de junho deste ano chegou a afastar três servidores do órgão durante a apuração dos fatos.
De acordo com nota divulgada pela PC, apesar das multas terem sido canceladas - no total foram 12.362 multas-, gestores do Detran conseguiram recadastrar as multas para evitar prejuízos e impunidade aos envolvidos. A partir desse acontecimento a Polícia deu início às investigações, que identificou outras fraudes, como transferências fraudulentas de pontuação de CNH. Supostos profissionais realizavam as transferências para pessoas com excesso de pontos, no intuito de evitar a suspensão ou perda da habilitação, chegando até mesmo a encontrar indicações de condutores já falecidos recebendo pontos na carteira.
As investigações das fraudes levaram a um indivíduo que utilizava de contatos dentro do Departamento de Trânsito, que, dentre outros, também conseguia direcionamento de seus clientes para médico específico, com o objetivo de facilitar a aprovação em exames clínicos exigidos para obtenção e renovação de CNH. Os contatos permitiam ainda a realização de fraudes em municípios do interior do Estado. Este mesmo homem foi preso preventivamente durante o trabalho policial.
Outro ponto que chamou a atenção dos investigadores foi o fato de residentes em diferentes municípios do estado se deslocarem até a cidade de Jataí para a realização de exames médicos para renovação da CNH.
A DERCAP informou que para conclusão da investigação, ela foi dividida em duas partes, nomeadas Culpare Mortuos e Medical Report. No total, 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do afastamento de três servidores da função e e suspensão das atividades de uma Clínica Médica e de um Centro de Formação de Condutores. A Operação também determinou que dois médicos deixassem de realizar exames voltados para renovação de CNH até o término das investigações.
Agora, os autos foram encaminhados para o Poder Judiciário e os indivíduos poderão responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção ativa e passiva e por falsidade ideológica.
Com informações do Jornal Opção e G1
*Matéria produzida voluntariamente por Eduarda Lima e supervisionada pela jornalista Camilla Paes
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