Cerca de 600 famílias lideradas por mulheres ocuparam a Fazenda São Lukas, em Hidrolândia. A ação aconteceu nesta segunda-feira (24), após o fim do processo de destinação do local para a reforma agrária. No momento, a Polícia Militar está no local acompanhando o caso. A propriedade foi palco de crimes violentos contra à mulher no passado, como o tráfico sexual para a países como a Suíça, incluindo adolescentes de origem humilde das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade. O esquema criminoso durou três anos. 

A intenção do grupo de mulheres, logo após a reocupação do espaço é de iniciar um projeto agroecológico de produção de alimentos livres de agrotóxicos. O processo de destinação da propriedade foi transferido pela União através da Superintendência do Patrimônio, para a Superintendência Regional do INCRA.

Segundo relatos do Comitê Dom Tomás Balduíno de Direitos Humanos, há uma tentativa de dificultar o acesso a água e alimentação por parte do Estado e prefeitura. A PM teria estabelecido um cerco para barrar a entrega de mantimentos. Em nota ao Mais Goiás, a prefeitura informou que um acordo repassou a fazenda ao municipio que está responsável pelo “zelo e vigilância do imóvel” e que o local é abastecido por um mini poço artesiano com pouca vazão, mas que não cerceou o acesso à água ou alimentação.