Ontem, quarta feira (06/01/2021), aconteceu mais uma reunião dos integrantes do Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus. Esta teve uma importância diferente porque foi apresentado o aguardado Plano Estadual de Imunização.

A apresentação do “Plano de Operacionalização para a Vacinação contra Covid-19 no Estado de Goiás”, que estabelece as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação contra o vírus no território goiano, foi feita pela superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim. A informação apresentada pelo Plano é concordante com o conteúdo apresentado pelo Plano Nacional de Imunização divulgado pelo Ministério da Saúde no mês passado. O alvo principal é alcançar as metas propostas de cobertura vacinal, seguindo criteriosamente as definições de grupos prioritários a serem vacinados.

O que chamou atenção em relação aos itens abordados foram dois pontos. Primeiro, quanto ao aspecto logístico envolvendo o recebimento, armazenamento e distribuição dos imunobiológicos, já que foram criados diferentes cenários, segundo as exigências de cada tipo de vacina que possa vir para a Campanha.

O outro ponto é entre os mapeamentos de risco, que fazem parte do plano, que apontam entre os itens a disseminação de informações falsas como um perigo que pode causar pouca vacinação.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, outros objetivos do plano são subsidiar os gestores municipais na construção de planos locais, a fim de minimizar os riscos durante o processo de vacinação.

E ainda, entre as pautas debatidos ontem na reunião estavam a situação epidemiológica da Covid-19 em Goiás; situação da rede assistencial de leitos públicos e privados; e retorno das aulas. Quanto a este último item, ficou acordado que sobre a solicitação de aumento da capacidade de alunos em sala de aula nas escolas particulares de 30% para 50%, feito pelo representante do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE), Flávio Roberto de Castro, foi deliberado pelo COE que a proposta deverá ser antes, debatida no Grupo de Trabalho de Educação. Em duas semanas, a proposta será novamente levada ao Centro.

Comércio aberto

O enfrentamento da Covid na Saúde Pública de Goiás foi pauta de outra discussão, mas desta vez falada pelo secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino. Isso porque durante uma entrevista ao Mais Goiás, o secretário afirmou que o governo não cogita a possibilidade de decretar novo fechamento do comércio do Estado em função da pandemia do coronavírus.

Em suas palavras: “O fechamento do comércio não está na pauta de discussão da Secretaria de Saúde. A taxa de ocupação dos leitos está em 52%. Nem quando estava em 83% a gente colocou o assunto à mesa. O que a gente reitera é o pedido para que as pessoas usem máscara e siga os protocolos”.

Isso principalmente se analisarem as medidas de segurança sanitária recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“O que a gente percebe é o cuidado dos comerciantes com relação a aglomeração e exposição ao risco. Eu já estive em um shopping, por exemplo, e constatei marcações no piso, recipientes com álcool em gel e funcionários encarregados de medir temperatura. O comércio tem funcionado assim em quase todo lugar. Por isso, não é nossa preocupação”, afirma.

Em relação ao início da vacinação, o secretário reafirmou que a previsão de chegada das primeiras doses da vacina ainda será neste mês a Goiás, e que serão encaminhadas pela Fiocruz. Será um carregamento com 140 mil a 150 mil unidades do imunizante. A primeira faixa da população a ser vacinada será o grupo de risco, do qual fazem parte cerca de 1,8 milhão de goianos. 

(Com informações da Sagres, Mais Goiás e O Popular)