A Polícia Civil de Goiás, por meio da Central Geral de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão de Caldas Novas, com apoio do Grupo Especial de Investigação (GIH) da 19ª DRP, prendeu em flagrante, na última quarta-feira (27), a responsável por uma clínica de reabilitação que funcionava de forma irregular no município. A mulher foi autuada pelos crimes de sequestro e cárcere privado, em sua modalidade qualificada, além de maus-tratos.

A ação teve início após denúncia feita por um membro do Ministério Público de Goiás, que durante diligência no local constatou uma série de irregularidades. O estabelecimento não possuía alvará dos órgãos de postura e vigilância sanitária, e as condições encontradas levantaram fortes indícios de práticas criminosas.

Na clínica, os policiais localizaram idosos, dependentes químicos e pessoas com deficiência mental. O imóvel era cercado por altos muros com concertina e portões trancados, impedindo a saída dos internos. Em depoimento, eles relataram ter sido levados à força de suas residências, em diferentes cidades de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, e mantidos contra a vontade, mediante pagamento mensal realizado por familiares.

Os internos também afirmaram que eram obrigados a ingerir medicamentos que comprometiam suas capacidades físicas e sensoriais para evitar tentativas de fuga. Muitos eram trancados em quartos durante a noite e até mesmo forçados a assinar termos de internação voluntária sem consentimento.

Após a prisão, a Polícia Civil adotou as providências necessárias para que as vítimas fossem encaminhadas de volta aos seus municípios de origem. O caso segue em investigação para apurar a extensão das ilegalidades e identificar outros possíveis envolvidos.