quarta-feira, 21 de maio de 2025

Goiás

Pais são presos suspeitos de tortura e omissão contra filha de 4 anos em Goiânia

POR Ana Carla Oliveira | 20/05/2025
Pais são presos suspeitos de tortura e omissão contra filha de 4 anos em Goiânia

Foto: Reprodução Mais Goiás

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Um caso de violência infantil chocou Goiânia nesta semana. A Polícia Civil de Goiás prendeu os pais de uma menina de apenas 4 anos, suspeitos de praticarem tortura e omissão diante de agressões brutais registradas em vídeo. A investigação, conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), revelou uma rede de violência familiar marcada por chantagem, negligência e extrema crueldade.

 

As denúncias chegaram à DPCA acompanhadas de registros em vídeo. Nas imagens, a mãe da criança aparece cometendo diversos tipos de agressões enquanto grava os momentos de violência. Os vídeos eram enviados ao pai da menina como uma forma de chantagem afetiva — a mulher exigia que ele fosse até sua casa, mantendo com ele um relacionamento extraconjugal, mesmo após o fim da união conjugal.

 

Os atos registrados em vídeo incluíam ameaças com faca, esganamentos até o desmaio, espancamentos com objetos domésticos, xingamentos e humilhações verbais. Em um dos registros mais impactantes, a mãe simula um enforcamento e a criança aparece suplicando por socorro. O conteúdo mais antigo é datado de outubro de 2023, quando a vítima tinha apenas três anos.

 

Apesar de ter acesso aos vídeos, o pai optou por não denunciar as agressões, nem buscou medidas para proteger a filha. Sua omissão é tratada pela polícia como cúmplice dos maus-tratos, já que ele tinha plena ciência da violência sofrida pela criança e escolheu se calar.

 

Durante os interrogatórios, tanto o pai quanto a mãe da criança decidiram permanecer em silêncio. A menina foi retirada imediatamente do convívio com a genitora e está atualmente sob os cuidados de um familiar, que assumiu o compromisso formal de proteger e garantir o bem-estar da criança.

 

O caso segue em investigação e pode resultar em múltiplas acusações, incluindo tortura, omissão e violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, e as defesas não se manifestaram até o momento.

 

A brutalidade do caso reforça a importância da denúncia anônima e do olhar atento da sociedade para possíveis sinais de violência doméstica contra crianças. A Polícia Civil reafirma seu compromisso em investigar com rigor qualquer indício de violação de direitos da infância.

 

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