quarta-feira, 03 de julho de 2024

Goiás

Pais descobrem troca de bebês em hospital de Trindade

POR Jornal Somos | 29/07/2019
Pais descobrem troca de bebês em hospital de Trindade

G1

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Um casal descobriu no final de semana que teve seu bebê trocado no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), logo após o parto. A troca entre os bebês foi comprovada por meio de um exame de DNA, realizado depois de 18 dias com os bebês trocados. O Hutrin também confirmou a troca.

 

A desconfiança do casal que realizou o exame de DNA surgiu porque o recém-nascido não teria qualquer semelhança física com os supostos pais. Na manhã de sábado, os pais dos dois bebês trocados compareceram à delegacia para prestar informações sobre o caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com o advogado do casal que teve a iniciativa de realizar o exame de DNA, o marido questionou a esposa de quem seria o bebê já que o recém-nascido não teria a menor semelhança física com ele. A mulher, então, decidiu fazer o exame para esclarecer os fatos o mais rápido possível, alegando que se o bebê não fosse filho do esposo, também não seria dela.

 

Segundo o advogado da mulher, ela passou muito mal durante o parto e não teve um contato maior com o bebê. Quando as enfermeiras retornaram, já entregaram o bebê trocado.

 

Para o delegado André Fernandes, responsável pela investigação, a troca se deu em razão de um equívoco com as pulseiras de identificação dos bebês. Ainda de acordo com o delegado, o resultado do exame de DNA vale como prova, mas será necessária a realização de outros exames para confirmar as respectivas paternidades.

 

Confira a nota do Hutrin

"O Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin) esclarece de forma preliminar o seguinte:

 - A direção do hospital tão logo foi notificada da suspeita de troca de bebês instaurou uma comissão sindicante para apurar o caso e afastou as pessoas que estavam de serviço no berçário nos dias dos nascimentos e alta de mães e crianças;

- Instaurou um processo ético-disciplinar para apurar responsabilidades no ocorrido;

- Manteve contato com a mãe e com o pai do bebê afim de elucidar o fato em todas as suas possibilidades;

- Notificou a mãe e o pai sobre a realização de exames de DNA para comprovar a paternidade e maternidade sobre a criança e estabeleceu como parâmetro a realização de outros exames visando contraprova do fato;

- Está realizando um completo levantamento de todos os nascimentos na data para eliminar todas as dúvidas;

- Está selecionando todas as imagens de circuito interno de TV para instruir a investigação e documentar as saídas de pais, acompanhantes e crianças nascidas nesse período;

- O instituto Cem, organização social gestora do Hutrin e a direção do hospital estão acompanhando com integral cuidado e respeito aos princípios éticos e de responsabilidade para com a saúde humanizada e tratamento aos pacientes atendidos na unidade".

 

Outros casos

Não é a primeira vez que casos como esse chamam a atenção em Goiás e também no Distrito Federal. O caso mais conhecido do país aconteceu em Gama, no DF. Protagonista do mais famoso caso de recém-nascido raptado no Brasil, Pedrinho hoje é um advogado experiente, marido dedicado e pai de um menino de 6 anos e uma menina, de 4 meses. Levado da maternidade do Hospital Santa Lúcia em 21 de janeiro de 1986, Pedrinho só reencontrou os pais biológicos, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Braule Pinto, 16 anos depois. Durante todo esse tempo, ele morou em Goiânia, com a sequestradora, Vilma Martins Costa, que se passava pela verdadeira mãe dele.

 

Vilma continua morando em Goiânia, com Roberta Jamilly, outra menina sequestrada por Vilma, que, diferentemente de Pedro, não quis adotar o nome original nem viver com a mãe biológica (o pai morreu antes de a filha ser encontrada).

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