quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Paulo fez curso de hidroponia e hoje cultiva hortaliças como alface e rúcula
Redação Jornal Somos
Todos os dias pela manhã, Paulo utiliza um triciclo, que ele mesmo construiu, para ir até a chácara, localizada a 1 quilômetro de Nazário, cidade onde mora. No local, ele passa para a cadeira de rodas e começa o trabalho na plantação de hortaliças, por meio do sistema de hidroponia. A técnica de cultivo é sem terra e as raízes recebem uma solução que contém água e todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta, através de canos de PVC. “Eu sofri um acidente há 20 anos e fiquei sem andar. Tive que adaptar toda a minha vida. Antes eu fabricava queijos e aí fui obrigado a aprender outro trabalho em que eu pudesse fazer me locomovendo com cadeira de rodas e o triciclo”, conta o horticultor.
Por meio da internet, Paulo começou a fazer pesquisas e descobriu, primeiro, a aquaponia, criação de peixes associada ao cultivo de hortaliças. Mas sem o devido treinamento, o negócio não prosperou. No ano passado, ele conheceu o Senar Goiás e através do intermédio do Sindicato Rural, fez o curso de hidroponia. “Agora, um ano depois, eu produzo mil pés de alface por mês, além de rúcula e cheiro verde. Às 8 horas da manhã, eu entrego as folhagens fresquinhas. Graças a Deus fiz uma boa freguesia. Meu produto não tem defensivos agrícolas e é tudo muito saudável e gostoso”, reforça.
A chácara de Paulo já serviu de sala de aula para outra turma que quis aprender hidroponia com o Senar Goiás. A partir de agosto, a intenção é que alunos de escolas públicas possam ir até a propriedade e aprender a técnica. “O curso de hidroponia do Senar Goiás foi uma revolução para mim. Quando a gente trabalha, sem saber direito as técnicas, toma muito prejuízo. Com o Senar melhorou 200 por cento”, conclui.
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— Jornal Somos (@JornalSomos) September 2, 2019
Benefícios
O agrônomo e instrutor do Senar Goiás, Ricardo Pereira, destaca as vantagens da hidroponia. “A economia de água é muito grande, porque o sistema é fechado. Sem vento não tem evaporação. Também é possível maior controle e assim evitar vazamentos. A mão de obra é facilitada, além de ser trabalho limpo, com quase nada de química. Ainda podemos destacar a produção de excelente qualidade e a colheita mais rápida. Em média 30 dias já tem alface no ponto, enquanto no plantio convencional seriam gastos 40 a 50 dias”, afirma.
O que se aprende no curso
Para mais informações sobre esse curso ou outros, acesse: www.sistemafaeg.com.br ou procure o Sindicato Rural de sua região.
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