sexta-feira, 26 de abril de 2024

Operação federal contra fraude no FGTS mira advogado goiano suspeito de sacar milhões irregulares

POR | 17/09/2020
Operação federal contra fraude no FGTS mira advogado goiano suspeito de sacar milhões irregulares

Divulgação/Polícia Federal

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A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, quinta feira (17/09), uma operação que apura fraude no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A ação cumpre um mandado de prisão, contra um advogado em Goiânia, que não teve o nome revelado, mas que é suspeito de obter para sua conta bancária uma transferência irregular no valor de R$ 5 milhões. O valor sacado indevidamente, por meio de documentos falsos, deveria ser usado para construção de unidades habitacionais no Piauí (Teresina).

 

De acordo com a PF, o advogado desviou o montante por meio de uma ação judicial, na qual ele utilizou uma "falsa representação". O documento continha, conforme a corporação, "argumentos fictícios e fraudulentos". Mesmo assim, com ele, o suspeito conseguiu a transferência dos valores para uma conta judicial em Corumbá de Goiás. Posteriormente, ele transferiu os R$ 5 milhões para uma conta dele e, finalmente, distribuiu entre outras várias contas. A polícia busca identificar se outras pessoas participaram do crime.

 

 

A corporação também conseguiu na Justiça o sequestro de bens, como imóveis e carros de luxo, no valor aproximado de R$ 2 milhões. Entre os bens sequestrados, estão uma mansão em um condomínio de luxo de Goiânia, avaliada em R$ 1,2 milhão, uma chácara, um carro esportivo e três caminhões. De acordo com a PF, o advogado está com a inscrição cancelada nas OABs de Goiás e São Paulo. Até às 9h, ele ainda não havia sido detido.

 

Além da ordem de prisão, 60 policiais cumprem outros 14 mandados de busca e apreensão, divididos entre os estados de Goiás e São Paulo. Em Goiás, são 11 mandados nas cidades de Goiânia (09), Itumbiara (01) e Anápolis (01). Os outros em São Paulo são nas cidades de São José do Rio Preto (01), Cardoso (01) e Votuporanga (01). 

 

Até o momento nem a Ordem dos Advogados do Brasil, em Goiás e a Caixa Econômica Federal, responsável pelo FGTS,  ainda não emitiram nenhum comunicado sobre o assunto.

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