sexta-feira, 19 de abril de 2024

Operação Embaraço: deputado estadual é preso por envolvimento em intimidação de testemunha

POR Jornal Somos | 07/12/2018
Operação Embaraço: deputado estadual é preso por envolvimento em intimidação de testemunha

Foto: Divulgação

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás, com apoio do Centro de Inteligência (CI-MP), cumpriu, no início da tarde desta sexta-feira (7/12), mandado de prisão preventiva decretada pelo desembargador João Waldeck Felix de Sousa, do Tribunal de Justiça de Goiás, contra o deputado estadual Daniel Messac de Morais.

 

A medida é um desdobramento da Operação Embaraço, deflagrada em 8 de novembro, na qual foram presos preventivamente Vagno Sebastião Fernandes de Miranda e Anderson Luís Coelho, sendo este último ex-policial federal já condenado por favorecer outras organizações criminosas. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em alguns endereços, inclusive na residência de Daniel Messac.

 

A Operação Embaraço investigou a coação de uma testemunha, no interior do Fórum de Montes Claros de Goiás, que havia colaborado com as investigações da Operação Poltergeist, na qual Daniel Messac foi denunciado como chefe de uma organização criminosa que desviava salários de servidores fantasmas do seu gabinete ou indicados por ele. Após a análise do material apreendido, foi constatado que a intimidação à testemunha ocorreu a mando do referido parlamentar, o que fundamentou o pedido de prisão. 

 

Operação Poltergeist

A Operação Poltergeist foi deflagrada pelo MP-GO em 1º de abril de 2014. A ação teve como objetivo desmontar um esquema de desvio de recursos públicos por meio da contratação de servidores fantasmas pelo poder público, mais especificamente em alguns gabinetes da Assembleia Legislativa do Estado e também na Câmara Municipal de Goiânia.

De acordo com a investigação, a organização criminosa era estruturada e seus membros possuíam tarefas específicas. Alguns dos suspeitos aceitavam ocupar cargos sem trabalhar e repassavam parte do salário para o grupo.

Outros envolvidos no esquema ficavam a cargo de alistar potenciais servidores fantasmas ou recolher o salário pago aos funcionários. Também participam da organização detentores de cargos com autoridade para contratar os comissionados.

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