quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira, dia 12, o resultado da Operação Courier, que resultou na prisão de Aloísio José da Silva, que guardava armamento para dois detentos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, que fazem parte de uma facção criminosa. Dezenas de armas de uso restrito e com alto poder de fogo foram apreendidas na ação.
De acordo com as investigações, as armas podem ter sido usadas em pelo menos 50 homicídios ordenados pelo grupo criminoso. “A função de Aloísio, além de guardar as armas era entregá-las para que os crimes fossem cometidos”, afirmou o delegado Fabrício Flávio Rodrigues, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios.
Segundo o delegado, uma das vítimas foi um jovem de apenas 20 anos, morto por um menor de idade. “São vários assassinatos. Não podemos revelar detalhes mais específicos de cada caso para que as investigações não sejam prejudicadas”, explicou o delegado.
Os membros da facção são Bruno Rodrigues Ferreira da Silva e Mailo Jorge Rodrigues Machado. Com Aloísio, os policiais da DIH encontraram um fuzil 556, uma espingarda calibre 12, quatro pistolas 9 milímetros com kit rajada, três carregadores de fuzil, cinco carregadores prolongados, cinco carregadores simples, dois extensores de coronha e mais de 200 munições de diferentes calibres.
“As associações criminosas possuem alto poder de armamento. As forças policiais estão fazendo sua parte no combate a estes grupos, mas precisamos de leis mais rígidas. Veja o caso do menor, ele foi apreendido pela polícia e entregue às autoridades competentes para as medidas restritivas e menos de um mês depois já havia sido solto. Está hoje na ruas, livre para o cometimento de novos crimes”, ressaltou o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.
A Polícia Civil também apurou que os homicídios eram motivados por dívidas com o tráfico de drogas e disputas por territórios entre facções. “O tráfico é a raiz para diversos outros crimes, principalmente os assassinatos. Estamos trabalhando de forma cada vez mais ostensiva na repressão a esses grupos criminosos, e a integração das policiais e um trabalho de inteligência sistemático tem sido determinante”, destacou Rodney Miranda.
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