quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Superintendência Regional do Trabalho em Goiás e o Ministério Público do Trabalho fizeram uma operação entre os dias 21 de setembro e 02 de outubro nas cidades de Catalão, Campo Limpo de Goiás, Joviânia e Vicentinópolis, que resgatou 36 trabalhadores, sendo três adolescentes, que estavam em situação análoga à escravidão. Eles trabalhavam na extração de madeira de eucalipto, pedra portuguesa e produção de carvão. Parte do grupo não tinha sequer estrutura de banheiro. Foram aplicados cerca de 150 autos de infração às empresas, que totalizam mais de R$ 1 milhão. Os nomes dos sete empregadores não foram divulgados.
Segundo informações do órgão, nenhum deles tinha registro nem recebia direitos trabalhistas como férias, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os salários pagos a eles eram, em média, de R$ 1,5 mil. Os adolescentes, no entanto, recebiam apenas R$ 500.
Os trabalhadores também não recebiam equipamentos de proteção ou ferramentas de trabalho, precisando comprar com o próprio dinheiro ou tendo o valor descontado em seu salário quando fornecido pelos empregadores. Alguns deles ficavam alojados em estruturas improvisadas, sem local para cozinhar e sem receber uma quantidade suficiente de água potável.
“Metade dos trabalhadores são do estado de Goiás e a outra metade, de outros locais, mas que vieram para o estado em busca de trabalho. Como não conseguiram outras oportunidades, acabaram aceitando essas condições para ter uma forma para sobreviver”, disse o auditor-fiscal do trabalho e coordenador da operação, Roberto Mendes.
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