sábado, 23 de novembro de 2024

Operação da Polícia Civil prende políticos suspeitos de receber propina para pacientes furarem fila de cirurgias pelo SUS em Goiás

POR Thaynara Morais | 09/02/2023
Operação da Polícia Civil prende políticos suspeitos de receber propina para pacientes furarem fila de cirurgias pelo SUS em Goiás

Reprodução/Polícia Civil

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Nesta quinta-feira (09), uma operação da Polícia Civil prendeu um grupo suspeito de receber até R$ 5 mil de pacientes para inserirem e furar a fila de cirurgias, principalmente plásticas, na rede pública de Goiás. Foram presas quatro pessoas, entre elas um ex-prefeito de Teresina de Goiás e um vereador de São Miguel do Araguaia. Os procedimentos não eram considerados urgentes e demorariam até dois anos, porém foram autorizados e feitos em poucos meses.

 

 

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Danilo Victor Nunes, explicou que os políticos investigados atuavam como intermediadores no esquema. “Geralmente o paciente pagava para eles e aí essa pessoa providenciava, junto a um operador do sistema, para que inserisse as pessoas”, disse.

 

 

De acordo com a PC, as fraudes aconteciam pelo menos desde 2020. “Alguns dos presos não eram servidores do sistema de regulação médica e tinham logins e senhas do sistema. Uma das pessoas que foi presa hoje tinha 15 perfis e inseriu 1.902 pessoas na fila”, contou.

 

 

Essas pessoas inseridas na fila, segundo o delegado, foram adicionadas ao sistema de regulação apenas nos últimos seis meses. A Secretaria de Estado da Saúde informou que mais de 15 mil pessoas aguardam por uma cirurgia eletiva.

 

 

Foram cumpridos também mandados de busca e apreensão e afastamento de funções públicas nas cidades de Goiânia, Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás.

 

 

Os servidores afastados são pessoas do Complexo Regulador Estadual ou exerciam funções públicas nas unidades de saúde dos municípios.

 

 

As irregularidades, segundo a polícia, aconteciam principalmente para cirurgias plásticas, como abdominoplastia e mamoplastia. No entanto, também eram fraudadas outras cirurgias eletivas, consultas médicas, exames e internações.

 

 

Os investigados respondem por corrupção passiva, inserção de dados falos em sistema de informação e associação criminosa.

 

 

 

 

 

 

(Com informações da Polícia Civil e do G1)

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