quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Operação da Polícia Civil cumpre 64 mandados contra advogados e faccionados em GO e DF

POR | 06/09/2022
Operação da Polícia Civil cumpre 64 mandados contra advogados e faccionados em GO e DF

Redação Jornal Somos

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Nesta terça-feira (6/9), véspera de feriado, a Polícia Civil de Goiás, por meio da DECCOR/PCGO (Delegacia Estadual de Combate à Corrupção), em conjunto com a Polícia Penal de Goiás, deflagrou a Operação Veritas, durante a qual são cumpridos 16 mandados de prisão preventiva contra advogados, nas cidades de Goiânia, Anápolis, Planaltina e Distrito Federal.

 

A Polícia ainda informou que além dos advogados, foram cumpridos também 48 mandados de prisão preventiva de faccionados do Presídio Especial de Planaltina (PEP).

 

Segundo as informações preliminares, estes mandados foram por conta de os advogados serem suspostamente responsáveis pela comunicação dos presos do PEP (todos líderes de facções criminosas) com o mundo externo, levando e trazendo informações, tanto coordenando o tráfico de drogas e a movimentação financeira dos criminosos, como em assuntos referentes a facções.

 

Sobre os fatos divulgados, a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) disse em nota que está acompanhando o desenrolar da operação.

"A Ordem atua para preservar as prerrogativas profissionais e cuida para que os advogados sejam recolhidos em salas de estado maior, conforme prevê a legislação. A Ordem não tem informações suficientes para se posicionar a respeito da operação", escreveu na nota.

 

Segundo o delegado Thiago Martimiano, que coordenou as prisões, os advogados recebiam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil por mês para serem o meio de comunicação entre presos e membros de facções criminosas que estavam soltos.

 

E ainda que a Delegacia desconfiou da atuação dos advogados ao receber informações de que um preso no Presídio de Planaltina de Goiás recebeu 600 visitas de advogados em um ano, ou seja, quase duas visitas por dia.

 

Após estes mandados, a polícia continua com a investigação para saber se mais advogados estão envolvidos com presos. Os investigados foram encaminhados para a Casa de Prisão Provisória em Aparecida de Goiânia.

 

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