domingo, 24 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Na manhã de hoje (04), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão, em Cidade Ocidental, Goiás. A Operação nomeada Chorume é a sétima fase da Operação Descarte, que investiga escritório de advocacia que teria emitido notas fiscais e entregado dinheiro em espécie para o Consórcio Soma, este era responsável pelos serviços de limpeza urbana na cidade de São Paulo. Também é investigado na ação, tentativa de obstrução das fiscalizações da Receita Federal em 2017, mediante ao pagamento de R$ 3 milhões.
Cerca de 21 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Cidade Ocidental, São Paulo, Barueri, Santana de Paranaíba, Francisco Morato, Santos, São José do Rio Preto, Itajaí e Brasília.
Foi identificado pela PF que o consórcio Soma utilizou botas, sapatênis, bonés, uniformes, tintas, sacos de lixo e detergentes para fazer a lavagem de R$ 200 milhões. Eram feitas aquisições falsas das mercadorias pelo consórcio, que chegou a simular uma compra de R$ 14,27 milhões em sacos de lixo, entre 2014 e 2016, indicou a corporação à época.
Foi apurado na Operação Chorume, que um escritório de advocacia de São Paulo era o responsável por gerenciar emissão de notas fiscais frias de fornecimento de matéria-prima ou prestação de serviços para o Soma. Também era entregue dinheiro em espécie para ao grupo e a outros clientes.
De acordo com a Receita Federal, uma fiscalização identificou que o grupo de coleta de lixo realizou pagamentos de pelo menos R$ 245 milhões ‘a dezenas de fornecedores inexistentes de fato’.
Até o momento, segundo a Polícia Federal, três pessoas que entregavam dinheiro para que o escritório de advocacia repassasse a seus clientes foram identificadas. Essas pessoas indicavam as contas bancárias de empresas fictícias para onde deveriam ser realizadas as transferências, e depois o dinheiro era devolvido em espécie ao escritório, com a cobrança de taxa de 2 a 3% do montante.
A respeito da tentativa de obstrução das investigações, foi apontado pela PF que o grupo investigado contatou pessoas ‘supostamente com grande influência na Receita Federal em Brasília’ para tentar barrar as fiscalizações, mediante ao pagamento de R$ 3 milhões.
Em nota, a corporação indicou que metade do valor foi pago, parte dele para um escritório de advocacia no Distrito Federal. “No entanto, apesar da apresentação de documentos internos e sigilosos da Receita Federal para os investigados, aparentemente não teve efetividade essa tentativa de obstrução”.
Essa ação apura crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária, violação de sigilo funcional, organização criminosa e embaraço à investigação de crime que envolva organização criminosa.
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