A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB Goiás (Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Goiás) enviou um oficio à SSP-GO (Secretária de Segurança Pública de Goiás) a fim de se informar a respeito dos dados sobre mortes violentas em ações policiais no Estado. Segundo a CDH, essa medida decorre sobre um levantamento realizado por jornal goiano com base em relatório da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), que apontou que no período de janeiro e setembro e 2019 houve 257 operações policiais com óbito. Sendo 68 a mais que no ano passado. No entanto, os números de mortos são foram divulgados pela SPP.

O vice-presidente da CDH, Gilles Gomes, disse que o que chama atenção é que as situações registradas como confronto, em muitos casos têm contraposições das testemunhas e ainda completou dizendo que situação de confronto é quando há uma ação dos suspeitos que amedronta ou ameaça policiais. “Se isso não ocorreu, se trata de homicídio, que tem que ser apurado e penalizado”, explicou.

Gilles, ainda ressalta que se as ações que resultaram as mortes são legítimas, não há motivos para esconder os dados. “Por outro lado, se a SSP acha que esses dados devem ser resguardados, deve existir um documento expedido pela autoridade máxima do órgão que deixe claro a razão das informações permanecerem em sigilo” explica o vice-presidente da comissão.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou em nota, que ainda não foi notificada oficialmente pela OAB. Além disso, a pasta afirma que só após tomar conhecimento do teor do documento deve se manifestar.

Veja a nota da SSP-GO na íntegra:

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que ainda não foi notificada, oficialmente, pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Goiás (OAB-GO) em relação ao pedido citado na reportagem. Aguardamos a notificação para saber o teor do documento e só em seguida a SSP irá manifestar.