sábado, 03 de maio de 2025

Goiás

O PESO DA INFORMALIDADE: UM DESAFIO PARA O BRASIL E SEUS CIDADÃOS

POR | 02/05/2025
O PESO DA INFORMALIDADE: UM DESAFIO PARA O BRASIL E SEUS CIDADÃOS

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O Brasil é um país marcado pela criatividade e resiliência de seu povo. No entanto, por trás da força de trabalho pulsante que movimenta a economia, há uma realidade preocupante: o crescimento do número de trabalhadores informais.

 

A informalidade, longe de ser apenas uma alternativa viável para quem não encontra oportunidades no mercado formal, revela um cenário de precariedade e insegurança para milhões de brasileiros. Sem garantias trabalhistas, direitos previdenciários ou acesso a benefícios como aposentadoria e seguro-desemprego, esses trabalhadores enfrentam uma jornada incerta, onde a estabilidade é um privilégio distante.

 

O impacto dessa realidade não se limita a quem vive do trabalho informal. A economia como um todo sofre. A baixa arrecadação de impostos afeta diretamente os investimentos em infraestrutura, saúde e educação, prejudicando a sociedade inteira. O consumidor, por sua vez, pode ser afetado por produtos e serviços sem regulamentação adequada, o que pode comprometer a qualidade e a segurança.

 

Enfrentar essa questão exige um esforço conjunto entre governo, empresas e sociedade civil. Políticas de incentivo à formalização acesso a crédito e programas de capacitação podem abrir caminhos para que mais trabalhadores tenham oportunidades dignas sem sacrificar sua segurança. Valorizar o trabalho formal não é apenas uma escolha econômica, mas uma decisão estratégica para garantir um país mais justo e equilibrado.

 

O Brasil tem o potencial para mudar esse cenário. Mas para isso, é preciso dar condições reais para que a formalidade seja uma opção viável para todos.

 

Cerca de 32,5 milhões de trabalhadores brasileiros atuam como autônomos de modo informal (ou seja, sem CNPJ) ou são empregados sem carteira assinada no setor privado, segundos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa 31,7% dos 102,5 milhões de empregados no país.

 

Esses números, referentes ao primeiro trimestre deste ano, não consideram os 4,3 milhões trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os 2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.

 

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, observam-se aumentos tanto no número absoluto de autônomos informais e trabalhadores de setor privado sem carteira (32,3 milhões) quanto na sua proporção em relação ao total da população ocupada (31,5%).

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

 

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