sábado, 20 de abril de 2024

Goiás

O aumento da dengue e cuidados necessários

POR Jornal Somos | 16/01/2020
O aumento da dengue e cuidados necessários

Pixabay/Divulgação

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A morte de um idoso de 65 anos em Catalão, no sudoeste goiano, é investigada pela Secretaria de Estado da Saúde em Goiás (SES-GO), como suspeita de dengue. A Santa Casa da cidade, onde o idoso estava internado antes de morrer, informou que o mesmo deu entrada no hospital dia 6 de janeiro e morreu no início da noite do dia 11.

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Catalão informou que está analisando o caso.

 

No ano passado, Goiás registrou quase 120 mil notificações de casos de dengue. A incidência da doença, em grupos de 100 mil habitantes, é de quase 1.700 casos, número este que é considerado alto pelo Ministério da Saúde.

 

Ainda em 2019, a região metropolitana de Goiânia e o entorno do Distrito Federal, concentraram os maiores índices de suspeitas de contaminação das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.

 

Com a chegada do período chuvoso em 2020, a população goiana deve ficar atenta aos cuidados de prevenção e combate à proliferação do mosquito transmissor. É importante lembrar também que o mosquito é responsável por outras doenças como zika vírus e chikungunya.

 

Edna Maria, gerente de vigilância ambiental da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, explica que o estado desenvolve ações de combate em metade dos municípios considerados prioritários, com apoio de 18 secretarias regionais. Trabalho que irá prosseguir de forma intensificada este ano.

 

“São ações de mobilização da população para fazer a limpeza da cidade, porque isso contribui para a redução dos focos do mosquito. Nós estamos capacitando as equipes de fiscalização da vigilância sanitária dos municípios para que os imóveis abandonados, os fechados e aqueles que colocam em risco a saúde dos vizinhos sejam fiscalizados. A Vigilância Sanitária aplicará as penalidades de notificação, de multa, e isso vai partir da ativa do município do estado”.

 

Os municípios do Entorno Sul do DF, estiveram em situação de alerta ano passado, com Índice de Infestação Predial de 3,9%, que é muito próximo do limite de risco considerado pelo Ministério da Saúde, que é de 4%.

 

No ano de 2019, o Brasil registrou 1.544.987 casos de dengue, um aumento de 488% em relação a 2018, segundo dados do Ministério da Saúde. Desse total, 782 pessoas morreram em todo o país.

 

Também foram registrados no ano passado 10.708 casos de zika, com 3 mortes, e 132.205 ocorrência de chikungunya, com 92 mortes, um aumento, respectivamente, de 52% e de 30% em relação aos casos de 2018.

 

Juntando todos os casos das doenças causadas pelo Aedes aegypti, houve um aumento de 248% em 2019.

 

No dia 10 de janeiro o Ministério da Saúde publicou nota alertando a população que o “verão é o mais propício à proliferação do mosquito, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção por essas doenças”. Leia a nota na íntegra.

 

As condições de saneamento também contribuem para piorar a situação. Esgoto a céu aberto, focos de lixo urbano e imóveis baldios contribuem para o aumento da infestação. Os municípios precisam se atentar a isso.

 

Nota do Ministério da Saúde:

“O Ministério da Saúde convoca a população brasileira a continuar, de forma permanente, com a mobilização nacional pelo combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré, o 'Aedes aegypti'”.

 

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