terça-feira, 01 de outubro de 2024

Goiás

Mulheres do MST ocupam fazenda em Hidrolândia

POR Thaynara Morais | 25/03/2023
Mulheres do MST ocupam fazenda em Hidrolândia

Foto de MST-Goiás

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Na madrugada deste sábado (25), mais de 600 Famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda São Lukas, em Hidrolândia, em Goiás. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) informou através de nota, que a ação foi realizada por mulheres ligadas ao movimento e que a ocupação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorrem em todo o Brasil durante o mês de março. De acordo com o movimento, a finalidade é que a propriedade seja destinada para reforma agrária.

 

 

De acordo com o MST, desde 2016 a área ocupada integra o patrimônio da União. A propriedade, antes, pertencia a um grupo criminoso, condenado em 2009 pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

 

 

Em nota, o movimento cita dados da Polícia Federal (PF), de que na época a quadrilha era composta por 18 pessoas e utilizava o local para aprisionar dezenas de mulheres, sendo muitas delas adolescentes, que posteriormente seriam traficadas para a Suíça e submetidas a exploração sexual. O esquema se manteve por três anos e as vítimas eram, em sua maioria, mulheres goianas de origem humilde das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade. A própria fazenda, segundo a PF, foi adquirida com dinheiro oriundo de tráfico humano. Integrantes da quadrilha chegaram a estar na lista de Difusão Vermelha da Interpol para foragidos internacionais.

 

 

“Com a nossa Jornada, denunciamos o crescimento da violência contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violência que sofremos”, explicou em nota Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST. Além da denúncia contra a exploração sexual das mulheres e adolescentes, a ocupação também busca que a terra cumpra sua função social.

 

 

“Exigimos que esta área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater a violência”, avaliou Patrícia Cristiane.

 

 

Com informações da Agência Brasil

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