A Justiça Federal bloqueou R$ 22 milhões em bens do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, de seu ex-auxiliar Jayme Rincón e de mais três pessoas, Rodrigo Rincón, Márcio Garcia de Moura e Pablo Rogério de Oliveira. Conforme o órgão, alguns imóveis estavam em nome de terceiros para proteger o patrimônio dos envolvidos na ação judicial.

Marconi e Jayme são suspeitos de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa pela Operação Cash Delivery, e chegaram a ser presos em 2018 pela Polícia Federal. Um dos advogados de defesa do ex-governador, Antônio Carlos, informou que vai recorrer contra a decisão do bloqueio pois a medida se refere a “bens adquiridos antes dos fatos injustamente apontados como ilegais”.

O advogado de defesa de Jayme Rincón, Romero Ferraz, disse que tem conhecimento do bloqueio, mas não concorda com a decisão e já recorreu. As defesas de Rodrigo, Márcio e Pablo disseram que ainda não tiveram acesso à decisão.

A decisão foi expedida pela 11

ª Vara da Justiça Federal em 6 de dezembro, mas só foi divulgada agora, para que fosse mantida em sigilo até que fosse cumprida. O objetivo do bloqueio é garantir que os cofres públicos possam ser ressarcidos caso sejam comprovados os crimes investigados.

Além dos investigados a Justiça também bloqueou bens de seus familiares e das empresas Ronais Participações e Investimentos Ltda, registrada no nome dos filhos de Rincón, e da empresa MV Participações, registrada em nome de Marconi e sua esposa Valéria Perillo.

Os bens bloqueados no nome do ex-governador são 50% de uma porção de terras de 46.397,33 metros quadrados, em Três Ranchos, um apartamento residencial no Guarujá, um apartamento em São Paulo, uma porção de terras denominada Fazenda Matheus Machado de 26 alqueires, em Pirenópolis, uma porção de terras de 2.887,96 metros quadrados situada na antiga Fazenda das Posse dos Rodrigues, na cidade de Três Ranchos.

Os bens bloqueados da empresa MV Participações são dois lotes residenciais e um apartamento em Goiânia.