Após centenas de denúncias de abuso sexual contra João de Deus, o médium corre risco de ser preso. Na tarde de ontem (13), o Ministério Público de Goiás apresentou o pedido de prisão preventiva. O pedido será analisado pela comarca local. João de Deus segue afirmando ser inocente. Seu advogado, Alberto Toron, reforça que ele está disponível para esclarecimentos à Justiça.  

No início da tarde de ontem o MP-GO já havia contabilizado 258 denúncias. Toron afirma que o pedido de prisão é descabido, pois o médium já havia se mostrado disponível para esclarecer o caso à justiça. Também informou que não havia sido comunicado formalmente e só quando isso acontecesse ele tomaria uma providência. Ontem o médium esteve na Casa Dom Inácio de Loyola onde realiza seus atendimentos e saiu de lá sob aplausos.

O juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, dr. Vitor Umbelino esclarece: "as denúncias contra João não são de agora. Esse tipo de crime, quando acontece, principalmente com pessoas públicas, como é o caso, requer uma força tarefa, como a que foi montada pelo Ministério Público, pela quantidade de denúncias. Todas elas devem ser analisadas individualmente. Nada pode ser justificativa para esse tipo de crime, mesmo que seja motivo religioso. Não há nada que explique esse tipo de ação. E, em crimes de procedência sexual, a palavra da vítima tem especial relevância, desde que ela seja coerente. Esperamos que todos os fatos sejam apurados”.