sexta-feira, 30 de maio de 2025
Foto: Reprodução MPGO
Uma fiscalização realizada nesta segunda-feira (26), pela 4ª Promotoria de Justiça de Caldas Novas, revelou um cenário alarmante de maus-tratos e abandono nas dependências da ONG Socorro Animal. A ação, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) com apoio da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, encontrou os animais vivendo em condições extremamente precárias.
De acordo com a promotora de Justiça Fabiana Cândido, titular da 4ª Promotoria, as baias da unidade estavam sujas de urina, com fezes espalhadas por todo o espaço e, em alguns pontos, misturadas à ração. Animais desnutridos, com feridas abertas e sem qualquer tipo de cuidado, compunham o triste retrato da situação. Em um dos espaços, um animal foi encontrado morto, já em avançado estado de decomposição, o que agravava ainda mais o mau cheiro e a insalubridade do ambiente.
A promotora relatou ainda que a água disponível aos animais estava contaminada com lodo, tornando-se imprópria para o consumo. A ração fornecida aos bichos também apresentava sinais de mofo, uma consequência do armazenamento inadequado em uma caixa d’água exposta ao sol.
Diante das evidências flagrantes de maus-tratos, a Polícia Militar foi acionada e conduziu a presidente da ONG à delegacia para prestar esclarecimentos. A secretária da entidade também foi chamada e se comprometeu a tomar providências imediatas, como a limpeza do local e o encaminhamento dos animais doentes para atendimento veterinário urgente.
Com o objetivo de buscar uma resposta definitiva para a situação, o Ministério Público agendou uma reunião para esta terça-feira (27) com o prefeito de Caldas Novas, Kleber Marra, e o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sérgio Gustavo da Silva. A expectativa é de que sejam definidas medidas estruturais e administrativas para garantir o bem-estar dos animais e evitar a repetição de casos como este.
A fiscalização também contou com a participação de servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que reforçaram a urgência das medidas corretivas.
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