sexta-feira, 19 de abril de 2024

Ministério Público afirma que Afipe pode ser extinta se não realizar adequações no estatuto

POR Ana Carolina Morais | 06/10/2020
Ministério Público afirma que Afipe pode ser extinta se não realizar adequações no estatuto

Divulgação

O

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirmou, nesta segunda-feira (5), em reunião com a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que se a entidade não realizar adequações em seu instituto, conforme as leis vigentes, ela poderá ser extinta.

 

 

Fundada no ano de 2004 pelo padre Robson de Oliveira, a Afipe é responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, e possui o objetivo de auxiliar nos trabalhos de evangelização da igreja. Atualmente, a Associação está sendo investigada pelo desvio de R$ 120 milhões. A entidade informou que a reunião com o MP foi um pedido próprio, para que a nova diretoria apresentasse as primeiras ações efetuadas.

 

 

“Estamos aqui para entender o que houve e contribuir. Também estamos fazendo a nossa parte. Contratamos uma auditoria externa independente que começou a trabalhar nesta segunda (5), que vai avaliar todas as informações da entidade. O que tivermos certeza e for comprovado, vamos informar a todos, Ministério Público, Justiça, imprensa, sociedade, nossos devotos e tomar as providências necessárias para cada fato”, afirmou, por meio de nota, o padre André, novo presidente da Afipe.

 

 

Segundo a promotora Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, existem diversas ilegalidades que já foram devidamente apuradas. Sendo assim, caso as medidas necessárias não foram tomadas pela Afipe, a entidade possui o risco de ser extinta.

 

 

O Ministério Público informou que irá encaminhar um ofício, ainda nesta semana, estabelecendo um prazo de 10 dias para que a Associação aponte as adequações que foram feitas. O objetivo desta medida é preservar as atividades sociais realizadas pela entidade, garantindo, também, a transparência e fiscalização.

 

 

 

 

Adequações

 

No dia 9 de setembro a Afipe foi assumida pelo padre André Ricardo, e desde então, algumas adequações já foram realizadas como forma de colaborar com as investigações, bem como tentar impedir supostos desvios de verba.

 

 

Entre as medidas efetuadas, estão a troca dos membros da diretoria que são investigados pelo MP-GO, a rescisão de contrato com uma assessoria contábil, que foi apontada como integrante do esquema de desvios, e também a contratação de uma auditoria externa para analisar as contas e movimentações financeiras da Associação desde sua criação.

 

 

De acordo com o Ministério Público, 70% da documentação já foi analisada e aproximadamente 90% das testemunhas já foram ouvidas, onde algumas delas, apontadas como laranjas no esquema, alegaram que não sabem o porquê da utilização de seus nomes de forma irregular. O padre Robson, principal suspeito da operação, ainda não foi ouvido pelos promotores.

 

 

Com informações do G1 Goiás

 

 

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: