quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Ministério Público abre ação contra médico do SUS suspeito de cobrar por procedimento

POR Jornal Somos | 28/02/2020
Ministério Público abre ação contra médico do SUS suspeito de cobrar por procedimento

Redação Jornal Somos

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Foi proposta uma ação civil pública pelo Ministério Público (MP) contra médico da rede pública que é suspeito de cobrar por procedimentos que são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Catalão, no sudeste de Goiás. É defendido na ação civil que ele seja condenado por improbidade administrativa.

 

De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Velomar Rios, a secretaria não foi comunicada do processo e não há nenhuma investigação na pasta contra o servidor no momento.

 

Esse pedido ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça. O suspeito é concursado da prefeitura de Luziânia e atende na Santa Casa de Misericórdia. Velmorar atendeu um paciente encaminhado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com suspeita de hérnia e um testículo fora da bolsa escrotal. No entanto, de acordo com o documento do MP, disse a avó sem olhar os exames, que o caso da criança era cirúrgico.

 

“Nessa mesma consulta, o médico requerido salientou para a avó que após a cirurgia ele teria que comparecer em seu consultório particular para retirada dos pontos, procedimento pelo qual cobraria o valor de R$ 300, sob o argumento de que recebia pouco pelo SUS”, diz a ação.

 

Segundo relatos da avó para o Ministério Público, após novos exames, o médico teria se recusado a analisar os resultados na unidade pública de saúde, e disse que faria apenas em seu consultório particular mediante o pagamento de R$ 400.

 

A avó gravou uma conversa com o médico, onde ele diz: "Se for no Ministério Público, você esquece aquela conversa nossa. Eles vêm em cima de mim. Vira um regaço danado".

 

O médico, de acordo com a denúncia, disse que faz todos os procedimentos pelo SUS, de forma gratuita, “ou então em seu consultório particular, onde o paciente poderia contar com um atendimento mais cuidadoso e detalhado”.

 

O Ministério Público, diante do caso, pede a condenação do médico por improbidade administrativa, além da perda do cargo público e também pagamento de multa.

 

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