quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O menino de 2 anos, que tem deficiência e foi filmado comendo ração em casa, voltou a morar com a mãe, na quarta-feira (18), após 13 dias vivendo o pai, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a defesa da mãe da criança, a decisão em relação à guarda foi tomada em audiência realizada na Vara da Infância e Juventude.
“A decisão foi tomada pelo bem da criança. Todos os relatórios indicam que o adequado era ele ficasse com a mãe porque foi um fato esporádico, pois ele vivia com a mãe, a mãe é uma boa cuidadora. O próprio depoimento do pai é que a mãe sempre cuidou com excelência da criança. Foi uma decisão tomada com base em vários estudos sociais e psicológicos”, disse o advogado da mulher, Marcelino Assis Galindo.
De acordo com o advogado, a audiência contou com os pais do menino, a defesa da mãe e com a promotora de Justiça Alessandra de Melo Silva. A decisão em relação à guarda é da juíza substituta da Vara da Infância e Juventude, Luciana Oliveira.
O pai da criança, um comerciante de 22 anos, afirma que a decisão é a mais adequada para o bem-estar do filho.
‘’Nada mais justo que ele voltar para a casa da mãe dele. A mãe dele dedica o tempo todo a ele, foi uma brincadeira de mau gosto, mas a gente sabe como é a realidade, ela cuida muito bem dele,’’ comentou o pai.
Segundo Galindo, a família contará com o acompanhamento de psicólogos, de órgãos de proteção e do Conselho Tutelar. Desde o início, os pais e a tia-avó consideram que o caso foi uma ‘’brincadeira’’.
Maus-tratos
O menino, que sofre de uma deficiência ainda não diagnosticada, foi filmado no dia 2 de julho debruçado sobre a vasilha de comida do cachorro. A tia-avó filmou a ação enquanto a mãe, ao fundo, ria. O vídeo foi enviado a alguns familiares.
Ao assistir ao vídeo, a avó paterna denunciou a mãe do neto à Polícia Civil, no dia 4 de julho. Na época, ela disse que ficou revoltada com a situação.
A denúncia resultou, além do processo em relação à guarda, em uma investigação policial. Na última segunda-feira (16),segundo o G1, o delegado Vicente Gravina – avó indiciou a mãe e a tia por crimes de maus-tratos e por submeter a vítima a constrangimento.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que deve repassar o processo ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). No entanto, até esta quinta-feira, a promotoria ainda não havia recebido o procedimento para analisar se denunciará as mulheres.
O advogado da mãe e da tia-avó crê que, mesmo se elas forem denunciadas, serão absolvidas. “Tenho absoluta tranquilidade que a instrução criminal vai levar à absolvição. Mesmo porque há mais provas que vamos adicionar o processo no momento oportuno", afirmou Galindo.
Se condenadas, elas podem pegar até 3 anos e 4 meses de prisão.
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