Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, pela Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quinta-feira (26), na casa do Secretário de Saúde do Estado de Goiás, Ismael Alexandrino, em Goiânia. O ato faz parte da Operação Medusa, que investiga contratações, possivelmente superfaturadas, de empresas de radiologia e imagem, feitas pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que realiza a administração do Hospital de Base de Brasília.

A operação foi recebida pela esposa de Alexandrino, pois ele se encontra em Brasília, em uma reunião da comissão bipartite de saúde. "Minha esposa me informou que houve uma visita da Polícia Civil e fizeram algumas perguntas, averiguaram documentos, mas levaram apenas um pen drive, que pode ter conteúdo de aulas", informou o Secretário.

A polícia apreendeu também, além do pen drive, uma espingarda, que de acordo com o chefe da pasta da saúde goiana, é uma herança de seu pai. "Era do meu pai, que morreu e deixou de herança. Ela tem documento, mas é antigo. Os agentes disseram que não há crime com ela, que foi procedimento administrativo. Posso ir buscá-la depois".

Segundo Alexandrino, ele foi o último diretor do Hospital de Base antes de a administração do local se tornar de responsabilidade do Iges-DF. A suspeita que embasa a operação é de que os contratos irregulares teriam acontecido em 2018, quando o Iges-DF era Instituto Hospital de Base (IHBDF) e estava comandando somente essa unidade.

“Até onde eu sei, a suspeita foi na gestão atual. Estão avaliando contratos do GDF com o instituto (...) Vou colaborar com tranquilidade com a investigação, mesmo porque todos os meus atos, à época, foram dentro da lei”, disse o secretário.

(Com informações do G1 Goiás)