quarta-feira, 08 de outubro de 2025

Goiás

Laboratório público busca aprovação para produzir canetas emagrecedoras em Goiás

POR Marcos Paulo dos Santos | 08/10/2025
Laboratório público busca aprovação para produzir canetas emagrecedoras em Goiás

Foto: Tv Globo

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A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), laboratório público fundado em 1962, busca autorização do Ministério da Saúde para fabricar medicamentos injetáveis à base de semaglutida e liraglutida — as chamadas canetas emagrecedoras. O projeto, segundo a instituição, está em fase de desenvolvimento e foi protocolado junto ao Governo Federal. Caso seja aprovado, a produção ficaria a cargo do laboratório, enquanto a distribuição seria feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O Ministério da Saúde informou que a proposta foi analisada na etapa preliminar, mas não obteve aprovação. A decisão considerou critérios como capacidade produtiva e tecnológica, projeção de economia para o SUS e a previsão de internalização da tecnologia, incluindo o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).

 

A Iquego, no entanto, recorreu administrativamente, e o resultado da análise dos recursos deve sair até o final deste ano. Antes que os medicamentos possam ser oferecidos pelo SUS, ainda seria necessária a aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).

 

Em nota, o laboratório destacou que a proposta “não representa a produção efetiva do medicamento, mas um projeto em tramitação administrativa e análise técnica junto ao Governo Federal”. A empresa afirmou estar empenhada em comprovar sua capacidade industrial e regulatória, além de buscar parcerias tecnológicas que assegurem a transferência de conhecimento e o cumprimento das exigências sanitárias.

 

A Iquego reforçou ainda seu compromisso com a inovação, a autonomia tecnológica e o fortalecimento do complexo industrial da saúde brasileira. Atualmente, o SUS não distribui gratuitamente medicamentos desse tipo.

 

As canetas emagrecedoras contêm substâncias que imitam o hormônio GLP-1, indicadas para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Seu uso deve ser feito sob acompanhamento médico e é recomendado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou superior a 27 quando há doenças associadas ao excesso de peso.

 

Com informações de G1.

 

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