quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), teve o desbloqueio de suas contas permitido por meio de decisão, na manhã desta quarta-feira (23), proferida pela juíza Placidina Pires, da Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais. O pedido de liberação foi acatado após a entidade afastar membros da diretoria que são investigados por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro de doações.
Entre as pessoas afastadas estão o Padre Robson de Oliveira, que presidia a associação e é um dos principais suspeitos, apesar de sempre negar as irregularidades, e também a investigada Rauane Carolina Azevedo, que está com licença remunerada até o fim das investigações, além de Anderson Reiner Fernandes, que teve o seu contrato rescindido.
No processo judiciário, a Associação argumenta que a liberação das contas é necessária para que o funcionamento adequado da instituição, assim como o pagamento das despesas e dos funcionários, seja mantido, uma vez que já haviam em aberto despesas de aproximadamente R$ 7 milhões.
O Ministério Público se manifestou favorável ao requerimento do desbloqueio. Sendo assim, ante este posicionamento do MP, a juíza considerou que existe a “necessidade de revogação da medida constritiva, com o fim de possibilitar que a entidade religiosa tenha condições de efetuar o pagamento de, pelo menos, parte de suas despesas”.
Estavam bloqueados mais de R$ 2,9 milhões das contas devido à Operação Vendilhões. Para a magistrada responsável pela recente decisão, “a Afipe figura como vítima dos supostos fatos criminosos objeto de apuração no Gaeco, de forma que não se mostra razoável a manutenção do bloqueio judicial, sobretudo considerando que a referida associação já providenciou, por conta própria, a adoção de algumas medidas internas para afastar eventuais riscos de reiteração das práticas ilícitas”.
A Afipe informou, em comunicado divulgado à imprensa, que está realizando “todas as providências para que não haja nenhuma mancha ou dúvida nas suas ações, que sempre buscaram a evangelização”, bem como que “a verdade precisa vir à tona para continuar a cumprir o dever de evangelizar através do Santuário de Trindade e nos meios de comunicação social”.
Com informações do Jornal Opção e G1 Goiás
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