sexta-feira, 25 de julho de 2025

Goiás

Juiz aciona MP após suspeita de fraude em bolsa de medicina em Anápolis

POR Marcos Paulo dos Santos | 23/07/2025
Juiz aciona MP após suspeita de fraude em bolsa de medicina em Anápolis
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Um juiz da Vara da Fazenda Pública Municipal de Anápolis encaminhou ao Ministério Público de Goiás (MPGO) um caso que aponta possível fraude no recebimento de bolsa universitária por parte de uma estudante de medicina da UniEvangélica. O benefício é do Programa GraduAção, mantido pela Prefeitura de Anápolis e destinado a alunos com renda familiar de até seis salários mínimos.

 

A aluna, matriculada desde 2020, alegou ter renda familiar de apenas três salários mínimos. No entanto, o juiz Gabriel Lisboa identificou, por meio de publicações nas redes sociais, especialmente no TikTok, indícios de que a jovem ostenta um padrão de vida incompatível com a declaração apresentada — incluindo viagens internacionais e estilo de vida fitness.

 

Além disso, a advogada responsável pelo processo judicial em que a estudante solicitava a continuidade da bolsa é a própria mãe da jovem. Segundo o magistrado, a mãe é servidora pública estadual com salário de R$ 8.496,10 mensais, valor que, por si só, já ultrapassa o teto de renda familiar declarado. Ela também possui uma empresa registrada no mesmo endereço onde a filha mora, o que reforça suspeitas de omissão de informações sobre renda.

 

O juiz ainda destacou que o pai da estudante é sócio de uma imobiliária e já ocupou cargo de confiança no Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (ISSA). O avô materno, com quem a jovem dizia morar em situação de vulnerabilidade, também é sócio de empresa com capital de R$ 100 mil, registrada no mesmo endereço da estudante e da empresa da mãe.

 

Diante dos indícios de fraude, a liminar que garantia a manutenção da bolsa foi suspensa. A Prefeitura de Anápolis, por sua vez, criou uma comissão especial para revisar os critérios de concessão do programa e investigar possíveis irregularidades.

 

A decisão judicial ainda determinou o envio do caso ao MPGO, que poderá aprofundar as apurações e cruzar as informações com dados da Receita Federal, além de investigar outras possíveis fraudes dentro do programa.

 

Com informações de Metrópoles.

 

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