O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás decretou ontem, terça feira (07), a falência de um dos jornais impressos goianos, o Diário da Manhã (antigo “5 de Março”). A decisão foi assinada pelo juiz Otacilio de Mesquita Zago, da 13ª Vara Cível de Goiânia. Segundo a sentença, o Jornal continuará funcionando provisoriamente por um prazo de 30 dias para cumprir contratos e comerciais.

De acordo com o documento da sentença, foi homologado em julho de 2017 um plano de recuperação da empresa, entretanto não foi cumprido. A empresa apresentou um termo aditivo, devidamente aprovado em Assembleia Geral de Credores. No entanto, segundo o magistrado, o veículo permaneceu descumprindo o acordado. “Como se não bastasse, a empresa deixou de cumprir as obrigações processuais, quais sejam: apresentação de balancetes e demonstrativos financeiros e contábeis”, escreveu na decisão.

A empresa tem também cinco dias para carrear a relação dos débitos e créditos, com especificação de valores dos títulos, nomes e endereços dos credores e devedores, bem como para que atenda ao disposto no art. 104 do referido diploma legal, sob pena de crime de desobediência. Até o momento a empresa não manifestou sobre o mesmo.

O JORNAL

Fundado em 1980 por Batista Custódio e Consuelo Nasser, em Goiânia, é um jornal brasileiro oriundo do semanário Cinco de Março. Ele já havia sido fechado por falência em 03 de outubro de 1984, mas foi reaberto por Custódio dois anos depois, em 10 de outubro de 1986. Um dos primeiros jornais brasileiros e o primeiro do Estado de Goiás a dispor de seu conteúdo total e aberto em seu site na internet. Sua abertura para o meio digital teve início ainda no ano 2000. Atualmente era composto por 32 páginas, divididas em 4 cadernos: principal (contendo cidades, economia, política e esportes), opinião pública, classificados e cultura (DMRevista).