sexta-feira, 29 de março de 2024

João de Deus é condenado a mais 2 anos e meio por crime sexual durante atendimento espiritual

POR Jornal Somos | 25/05/2021
João de Deus é condenado a mais 2 anos e meio por crime sexual durante atendimento espiritual

Foto: Renata Costa/TV Anhanguera

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Foi condenado nesta terça-feira (25) o João Teixeira de Faria, conhecido popularmente como João de Deus, a mais dois anos e meio de reclusão pelo crime de violação sexual mediante fraude contra uma mulher durante atendimento espiritual. A decisão foi assinada pelo juiz Renato César Dorta Pinheiro e ainda cabe recurso.

 


João de Deus, que sempre negou as acusações feitas contra ele, agora, com essa nova sentença, passa a ter uma pena de 64 anos, considerando todas as penalidades já recebidas de outros crimes. Ele esteve detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, entre dezembro de 2018 e março de 2020, mas, por causa da pandemia da Covid-19, foi transferido para prisão domiciliar na casa que tem em Anápolis.

 


As denúncias contra João de Deus vieram à tona em dezembro de 2018. Ele é réu de mais de 10 processos que ainda não foram julgados. Existem condenações de outras quatro ações judiciais, sendo que todas estão em fase de recurso no TJ-GO. Segundo o TJ, 10 mulheres faziam parte da denúncia que resultou na decisão de hoje (25), mas o juiz descartou as acusações em nove casos, mantendo assim o julgamento somente para um deles.

 


As sentenças de João de Deus são : por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos de regime semi aberto, em novembro de 2019; por crimes sexuais contra mulheres condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019; por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres,sentenciado a 40 anos de regime fechado, em janeiro de 2020; por violação sexual mediante fraude, a dois anos e meio de reclusão, que podem ser cumpridos em regime aberto, em maio de 2021.

 


De acordo com os advogados, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) relata três abusos feitos contra a mesma mulher: "o primeiro teria ocorrido em junho de 2018, o segundo em 31 de agosto do mesmo ano e o último em 11 de outubro". de acordo com a defesa, o magistrado o condenou pela primeira ocasião, mas o absolveu nas outras duas.

 


A defesa de João irá recorrer, alegando a inocência dele devido à suposta fragilidade das provas apresentadas. Confira a nota apresentada pelos advogados:


“João Teixeira de Faria foi acusado neste processo (0070789-34.2019.8.09.0001) pela prática do crime de violação sexual mediante fraude (Art. 215 do Código Penal) três vezes contra a mesma vítima. O primeiro fato ocorreu em junho de 2018, o segundo em 31 de agosto do mesmo ano, e último 11 de outubro de 2018. A sentença absolveu João de Deus em relação aos dois últimos fatos e o condenou em relação ao primeiro a uma pena de 2 anos e 6 meses a ser cumprida em regime aberto. A defesa irá recorrer da referida sentença reforçando a inocência de João de Deus, especialmente por conta da fragilidade das provas apresentadas no processo e também reafirmar a dúvida razoável acerca da condição da vítima, que a despeito de alegar ter sido violada em sua intimidade sexual buscou insistentemente estar na presença daquele, que seria o seu agressor, por mais de uma vez, sem criar embaraços. De qualquer forma, João Teixeira de Faria encontra-se em prisão domiciliar e atualmente está com 80 anos e faz tratamento médico em razão de diversas doenças que está acometido. João Teixeira de Faria reforça a sua inocência e aguarda a análise do seu recurso pelas demais instâncias do Poder Judiciário.”

 

 


(Com informações do G1)

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