quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que foram recolhidos milhares de artefatos em um sítio arqueológico datado de 3.520 anos na cidade de Montes Claros de Goiás. A identificação do sítio já havia acontecido em 2019, mas o resgate, que é o salvamento do local, foi realizado neste mês de janeiro de 2022. Todo esse período é devido às diversas fases que estes lugares passam quando são descobertos, que são as etapas de identificação, delimitação e, por fim, o resgate.
A descoberta no município goiano ocorreu após uma solicitação para licenciamento ambiental em uma área de plantio de cana-de-açúcar. De acordo com o Iphan, foram encontradas pinturas rupestres, restos ósseos de mamíferos, porções de carvão e 3.229 artefatos de pedra e cerâmica, como pedaços de vasilhames, ferramentas de corte e raspadores de pedra.
Para o coordenador de campo da pesquisa e arqueólogo, Matheus Araújo, da empresa Sapiens Arqueologia, a descoberta é um achado muito significante para a ciência, em especial pela quantidade de vestígios, grupos distintos e datação identificados. “A gente está vibrando, porque não é fácil encontrar um sítio arqueológico com uma preservação tão grande. É uma conquista não só para a comunidade científica, mas para o público em geral, pois podemos falar um pouco de como nossos antepassados eram antes da chegada dos colonizadores”, conta.
O coordenador explica que essa última fase de recolhimento, de resgate dos artefatos, consiste, primeiramente, na retirada dos itens dos lugares que foram escavados. Depois disso, esses objetos são encaminhados para estudos e produções de relatórios e, após a higienização e remontagens feita por profissionais, os artefatos são encaminhados para museus ou universidades.
A área estudada, denominada de ‘Toca da Anta’ devido aos animais que moravam no lugar, é localizada no Parque Industrial do Setor Elétrico de Bioenergia, em Montes Claros de Goiás. Segundo o Iphan, sua delimitação foi de 7.640 m² e as escavações alcançaram 2,5 metros de profundidade, resultando na descoberta dos mais de 3 mil artefatos de pedra e cerâmica. Todo esse acervo arqueológico foi encaminhado para a reserva técnica do Museu Histórico de Jataí – GO, que apoia institucionalmente a pesquisa.
(Com informações do G1 Goiás e de A Redação)
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