Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no quarto trimestre de 2023, cerca de 24,3% dos domicílios em Goiás enfrentaram algum grau de insegurança alimentar. Isso representa aproximadamente 674 mil dos cerca de 2,8 milhões de lares no estado. A taxa de Goiás, apesar de estar abaixo da média nacional de 27,6%, é a segunda maior entre os estados da região Centro-Oeste, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que registrou 27,1%.

Os dados, coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), destacam também que o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul apresentaram taxas menores, com 23,5% e 21,8%, respectivamente.

A situação atual reflete uma melhora significativa em relação ao primeiro levantamento realizado em 2004, quando 34,45% dos domicílios de Goiás estavam em condição de insegurança alimentar. O estado mostra um avanço em comparação a quase duas décadas atrás, mas os números ainda refletem uma realidade desafiadora.

A insegurança alimentar foi categorizada em três níveis: leve, moderada e grave. Em Goiás, 16,9% dos lares enfrentaram insegurança leve, enquanto 3,7% passaram por situações moderadas e outros 3,7% estiveram em condições graves. Essas proporções são comparáveis às médias nacionais, que foram de 18,2% para insegurança leve, 5,3% para moderada e 4,1% para grave.