quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do boletim informativo Agro em Dados referente ao mês de novembro, trouxe uma análise da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) que indicou que o estado de Goiás possui o segundo maior plantel de bovinos do Brasil, representando uma alta de 0,6% com seu total de 22,8 milhões de cabeças de gado.
A justificativa para esse crescimento, de acordo com o informativo, foi a retenção de fêmeas para reprodução, o que resultou numa retração de 5,8% na participação destas para o abate em Goiás, na comparação entre os anos de 2018 e 2019, segundo o IBGE, o que aponta uma transição na pecuária do ciclo de baixa para o de alta.
Outra pontuação realizada pelo Agro em Dados revelou que, considerando as cotações de bovinos, o mercado permanece em alta por toda sua cadeia, com ênfase para o aumento dos preços de bezerros. Segundo o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), no mercado regional, seguindo as cotações da arroba do boi gordo (15 kg), foi registrado R$ 249,79 na terceira semana de outubro, correspondendo à uma alta de 2,9% quanto a semana anterior.
A demanda internacional aquecida em conjunto com a baixa oferta de bovinos terminados para abate estimula o indicador do boi gordo Cepea/B3, que atingiu o valor de R$ 270 por arroba. Além disso, as exportações goianas de carne bovina aumentaram em valor mais do que em volume, confirmando a valorização dessa commodity no mercado mundial.
Mas apesar da bovinocultura de corte estar em um bom momento em território goiano, para Antônio Carlos de Souza Lima Neto, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o panorama ainda é de cautela.
“Há preocupação com o aumento de custos para os pecuaristas em relação aos insumos, que podem interferir na rentabilidade, e em relação à demanda e os valores no mercado interno. Por outro lado, conforme aponta o Agro em Dados de novembro, há uma expectativa do mercado de demanda internacional em expansão, com os preços em alta, o que estimula a exportação de carne bovina brasileira”, explica Antônio Carlos.
Com informações do Jornal Opção
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