quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Imagem: divulgação/TV Anhanguera
Homem espancado por dono e funcionários de um supermercado de Aparecida de Goiânia, após ter supostamente furtado uma sandália, morreu na manhã de ontem (10), em decorrência dos ferimentos. A vítima estava internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
O crime aconteceu na última sexta-feira (06). A Polícia Civil, que investiga o caso, afirmou que depois do espancamento, o homem foi abandonado na zona rural do distrito de Nova Fátima, em Hidrolândia. "A vítima conseguiu se arrastar e pedir ajuda em uma fazenda para um morador que estava próximo", detalhou o delegado do caso, Adriano Jaime.
"O morador foi quem acionou a Polícia Militar e o Samu, a vítima ainda estava consciente e contou quem teriam sido os autores”, disse o delegado. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima foi espancada com uma barra de ferro e, segundo a polícia, os suspeitos atearam fogo nele com álcool.
Ainda segundo o boletim, o homem já havia sido preso por roubo e usava tornozeleira eletrônica, sendo monitorado desde março deste ano. "A intenção é clara, foi de matar a pessoa. Ele ainda foi abandonado em um lugar que ele poderia ter morrido", disse o delegado.
O dono do supermercado e três funcionários foram presos. Eles confessaram o crime à polícia e um dos funcionários foi liberado após a audiência de custódia. "Aos policiais, eles [os suspeitos] confessaram o crime, mas quando foi lavrado o auto de prisão em flagrante, eles permaneceram em silêncio", relatou o delegado do caso.
Ao g1, o advogado, que representa os suspeitos, disse que lamenta a morte da vítima e que a empresa prestará ajuda financeira à família. Ele ainda alegou que a vítima foi ao estabelecimento "portando uma faca, praticou o roubo de vários produtos" e que feriu um dos funcionários. A Polícia Civil informou ao g1 que, até às 8h05 desta quarta-feira (11), não tinha conhecimento sobre essas alegações da defesa e que não há registros dessas informações.
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